Secretário-geral do Sínodo sobre família apresentou relatório fazendo um balanço dos preparativos da Assembleia, bem como das novidades e a programação
Jéssica Marçal
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O primeiro dia de trabalho no Sínodo sobre família, nesta segunda-feira, 6, começou com um relatório apresentado pelo secretário-geral do Sínodo, Cardeal Lorenzo Baldisseri, ex-núncio apostólico no Brasil.
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O relatório de Dom Baldisseri contém, em linhas gerais, um apanhado das atividades do último Sínodo dos Bispos, bem como comentários sobre os preparativos e as novidades desta 3ª Assembleia Geral Extraordinária, que tem como tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”.
Sobre a metodologia de trabalho, Cardeal Lorenzo recordou que este Sínodo se realiza em duas etapas, uma agora e outra em 2015, na Assembleia Geral Ordinária. “Um tempo forte e oportuno, um Kairós para toda a Igreja: pastores e fiéis que se deixam guiar pelo Espírito Santo para realizar aquela sinodalidade invocada em diversas ocasiões pelo Santo Padre como elemento relevante na vida da Igreja”.
Uma novidade quanto à metodologia sinodal é a Relatio Synodi, um documento que contém a síntese dos trabalhos sinodais e que, depois das observações dos círculos menores, será apresentado para aprovação da Assembleia.
“Isso significa que não haverá preposições, como nos outros tipos de Assembleias sinodais. Esta Relatio Synodi, uma vez aprovada pela Assembleia, será entregue ao Santo Padre para que disponha seus critérios e decisões. Esse será também um ponto de partida para a preparação da segunda etapa do processo sinodal, isso é, a 14ª Assembleia Geral Ordinária a realizar-se em outubro de 2015. Em outras palavras, tal Relatio se tornará, com as necessárias adaptações, o Documento Preparatório para a Assembleia Sinodal sucessiva”.
Dom Baldisseri destacou ainda o ensinamento do Santo Padre sobre a necessidade de caminhar junto, vivendo a sinodalidade. Foi neste espírito sinodal de comunhão fraterna que se desenvolveu a fase preparatória dessa Assembleia, que contou com um questionário enviado a toda a Igreja a fim de fazer um levantamento sobre os desafios pastorais da família.
“Gostaria de destacar que com o questionário emergiu uma realidade difusa nas dioceses e nas paróquias, de associações e grupos formados por homens e mulheres que trabalham em apoio à família nas diversas situações de cada continente”.
Programação
Com relação às discussões que acontecem nessa primeira semana, a partir da 2ª Congregação Geral, Dom Lorenzo disse que a ordem temática corresponde com as partes e capítulos do Instrumentum laboris, o Documento de Trabalho.
Assim, na tarde de hoje, serão discutidos “o desígnio de Deus sobre matrimônio e família” e “o conhecimento da Sagrada Escritura e do Magistério sobre matrimônio e família”. Para a 3ª Congregação geral estão previstos dois temas: “O Evangelho da família e as leis naturais” e “a família e a vocação da pessoa em Cristo”. A tarde desse mesmo dia será dedicada à pastoral das famílias e às várias propostas em curso.
Na quarta-feira de manhã, durante a 5ª Congregação Geral, o debate continuará com os desafios pastorais sobre família. Já à tarde, a atenção será para as situações pastorais difíceis. A 7ª Congregação Geral terá como tema os desafios pastorais sobre a abertura à vida, enquanto a 8ª vai abordar o tema da Igreja e a família diante do desafio educativo.