Na 5ª Congregação Geral, arcebispo de Aparecida é o presidente de turno para as discussões sobre os desafios pastorais da família
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
O arcebispo de Aparecida (SP), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, é o presidente delegado de turno dos trabalhos sinodais desta quarta-feira, 8. Os debates de hoje têm como foco quatro temas sobre os desafios pastorais da família: a crise da fé e a vida familiar, situações críticas internas à família, pressões externas a ela e algumas situações particulares.
“Em uma Igreja que o Santo Padre não hesitou em comparar com um ‘hospital de campanha depois da batalha’ (La Civiltà Cattolica, agosto 2013), queremos sair como Pastores ao encontro de tantas famílias em crise para dar uma resposta inspirada no Evangelho da misericórdia”, disse o cardeal em suas considerações na abertura da sessão. Dom Damasceno também destacou que não se pode ignorar as situações críticas da vida familiar.
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O Documento de Trabalho do Sínodo elenca alguns dos fatores internos de crise na família. Dom Damasceno citou como exemplos a dificuldade de relacionamento e comunicação, a fragmentação provocada pelo divórcio, as formas de violência e abusos psicológicos e as diversas dependências (droga, álcool, jogos). “A todas essas realidades a Igreja quer dar uma resposta adequada aos tempos de hoje”.
O cardeal também mencionou as pressões externas à família, como o impacto do trabalho, o fenômeno da migração, a pobreza e a luta pela sobrevivência, o consumismo e o individualismo. O Documento de Trabalho também traz questões sobre situações particulares, como o peso das expectativas sociais sobre os indivíduos, o impacto das guerras, a disparidade de culto e outras realidades.
As palavras de Dom Damasceno foram seguidas do testemunho de Jeannette Touré, presidente Nacional da Associação Mulheres Católicas na Costa do Marfim. “Justamente da África, esse grande continente, no qual vive uma parte significativa do povo de Deus, eleva-se a voz dos pobres. Nós, guiados pelo Evangelho da misericórdia e do amor para com o outro, queremos escutar o grito daqueles que procuram justiça”, disse Dom Damasceno.