Na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Missa das 7h no Santuário do Pai das Misericórdias recordou os três anos de eternidade do fundador da Canção Nova
Julia Beck
Da Redação

Padre Ricardo Rodolfo e quadro do Monsenhor Jonas Abib /Fotos: Larissa Ferreira
Os três anos de eternidade do Monsenhor Jonas Abib foram recordados na Santa Missa das 7h desta sexta-feira, 12, no Santuário do Pai das Misericórdias, localizado na sede da Comunidade Canção Nova. A celebração foi presidida pelo reitor, padre Ricardo Rodolfo, e concelebrada pelo vice-reitor, padre Sidney Dias. Serviram ao altar os diáconos Nelsinho Corrêa e Waldir Rodrigues. Cofundadores da Canção Nova, Wellington Silva Jardim (o Eto) e Luzia Santigado estavam presentes.
A Festa de Nossa Senhora de Guadalupe inspirou a reflexão inicial da homilia. Padre Ricardo recordou uma das frases ditas pela Virgem ao indígena São Juan Diego: “Não temas. Não estou eu aqui, que sou tua mãe?” Para contextualizar essa aparição mariana, o sacerdote relembrou o cenário do México em 1531, quando o país vivia sob dominação espanhola. “O povo estava vivendo o exílio, angústias, perda das tradições e o abalo da fé. Era um povo sem esperança”, afirmou.
“Nossa Senhora apareceu a Juan Diego, no Monte Tepeyac, para mostrar que Deus estava com o seu povo”, destacou o reitor. Segundo ele, o vidente era um jovem humilde e de coração puro.
Padre Jonas Abib
Assim como a Virgem de Guadalupe surgiu em um tempo de aflição, padre Ricardo sublinhou que Deus também colocou no coração de Padre Jonas Abib um carisma para os tempos atuais. Ele recordou que, aos 12 anos, o fundador da Canção Nova ingressou no seminário.
“No coração daquele menino puro — não tenho dúvidas — o Senhor já gestava um chamado: um carisma para preparar um povo bem-disposto para a Sua segunda vinda, a vinda definitiva”, afirmou. Padre Ricardo destacou ainda que padre Jonas foi um profeta do fim dos tempos: “Ele nasceu no Advento, foi ordenado no Advento e faleceu no Advento.” Conforme explicou, isso revela a missão específica da Canção Nova de preparar os corações para a vinda de Cristo.
Legado
O reitor reforçou que, com a partida do fundador, é essencial compreender que permanece um legado: um carisma e um modo de vida que constituem a herança espiritual deixada por Padre Jonas Abib.
“Carisma quer dizer dom, graça. Padre Jonas recebeu de Deus um dom para fundar um carisma em benefício da Igreja, um carisma fruto do Espírito Santo”, afirmou. Celebrar sua vida, acrescentou, é celebrar uma existência fecunda e inteiramente entregue, que se desgastou para que muitos chegassem a Jesus Cristo pelo Batismo no Espírito Santo.
Segundo o sacerdote, o carisma Canção Nova evangeliza pelos meios de comunicação, formando “homens novos para um mundo novo”. “Padre Jonas acolheu esse dom com humildade e coragem. Ele entendeu que o Espírito Santo queria usar o rádio, a TV e a internet — aquilo que muitos julgavam ‘mundano’ — para fazer o Evangelho ecoar nos corações mais distantes”, completou.
Seguir firmes no carisma
Ao final, dirigindo-se aos missionários, padre Ricardo exortou: “Não podemos deixar o carisma morrer! Ele é uma herança espiritual que nos compromete. O legado deste homem de Deus é como uma semente: se a acolhermos, ela gerará frutos em nós para o bem da Igreja.”
O sacerdote recordou a tríplice marca presente nesse legado: a paixão por Jesus e pela evangelização; a docilidade ao Espírito Santo; e a meta da santidade — ‘ou santos ou nada’, um verdadeiro projeto de vida. “Podemos acreditar nessa graça. A busca pela santidade transformou o sorriso do padre Jonas, assim como a obra Canção Nova transformou o sorriso de tantos outros”, concluiu.

Missionários durante momento de oração /Foto: Larissa Ferreira




