A Obra Lumen realizou, neste final de semana, na Canção Nova, um encontro com o nome: “Com Deus tem jeito”, destinado às pessoas em situação de rua. O evento já aconteceu em diversas regiões do Brasil, alcançando, de alguma forma, mais de 120 cidades de 18 estados do Brasil, através da comunhão de mais de 400 carismas, comunidades, pastorais e movimentos.
Reportagem de Huanna Cruz e Genilson Pacetti
O encontro “Com Deus tem Jeito” surgiu em 2016, ano da misericórdia, como resposta ao apelo do Papa Francisco para que a Igreja vivesse o espírito de comunhão por meio de obras concretas de misericórdia.
“Já foram resgatados e acolhidos das ruas mais de 7000 homens, mulheres e mães com crianças em situação de rua. Eles encontraram uma família, né, que a partir de agora eles já se sentem parte delas”, ressaltou o fundador da Obra Lumen, Edwin Costa.
Para a Comunidade Canção Nova, acolher um evento que ajuda tantas pessoas a saírem das situações de rua, dos vícios e do abandono, é motivo de gratidão e alegria. “Nós estamos acolhendo pessoas que andaram, andaram, se distanciaram, experimentaram tantas coisas e vivem na rua. E a rua não é o lugar de uma pessoa”, afirmou o missionário da Comunidade Canção Nova, Cleto Coelho.
Frei Hans ressaltou a relevância da presença da Fazenda da Esperança, que se une a outras expressões da igreja para cuidar das pessoas em situação de rua. “A Igreja tem essa missão, levar os carismas para o mundo, levar a esperança, levar Deus para o mundo”, disse o fundador da Fazenda da Esperança, frei Hans Stapel.
Um evento diferenciado onde o protagonista é o Cristo sofredor na pessoa do irmão de rua. No encontro, o amor sedento de Deus sacia a sede de quem é mais vulnerável. “Carinho, alimentação, o amor que eles têm por nós. E eu sou muito grata de Deus ter me dado a oportunidade de eu ter conhecido esse lugar lindo e maravilhoso”, expressou a assistida, Maria Merigiane Ferreira dos Santos.
“Resgatar minha vida, resgatar minha família, meus filhos e dar um pouco de orgulho pra minha mãe, que se foi, mas sinto ela presente ainda”, relatou o assistido, José Roberto Almeida.
Um dos momentos mais marcantes foi o rito do lava pés, que revela amor, perdão e disposição para servir. Diante do encontro que revela o trabalho com as obras de misericórdia, o Papa Francisco sempre enviou uma carta de motivação e encorajamento. Este ano, a carta foi enviada pelo Papa Leão XIV e lida na missa celebrada por Dom Wladimir.
“É um carinho, é um reconhecimento do Papa pelo trabalho, uma força e um encorajamento para que a gente persevere e não desanime mesmo diante de todas as dificuldades que nós enfrentamos no país”, concluiu o bispo da Diocese de Lorena (SP), Dom Joaquim Wladimir Lopes.