Estamos no Santuário do Pai das Misericórdias, em Cachoeira Paulista. Aqui, o espaço é bem cuidado para colher os peregrinos. Há 7 anos, na equipe de limpeza, Silvania conta que aprendeu a não deixar a rotina lhe tirar o sublime de estar no espaço sagrado.
“No começo, realmente para mim era era um trabalho, um dia comum. Hoje não, tem o Santíssimo, que eu tenho vontade de ir, ficar lá. Para mim é uma maravilha trabalhar aqui, na casa do Pai”, explicou Silvania Maria Silva, responsável pelo setor de limpeza do Santuário do Pai das Misericórdias.
Foi numa festa da Divina Misericórdia que tudo começou. Padre Jonas consagrou a Canção Nova à Misericórdia de Deus. O ano era 2002. Ali nasceu a inspiração de
construir a Igreja que se tornou o Santuário do Pai das Misericórdias.
“Então, se a gente olhar para toda a estrutura daqui do Santuário, ela possui cinco pilares e cada pilar representa um dedo de Deus, um dedo da mão de Deus. Então, é como se fosse realmente a mão de Deus sobre os seus filhos”, explicou Luiz Henrique Araújo, responsável pelo setor de Comunicação do Santuário.
A simbologia da mão estendida representa os cuidados de Deus para com cada peregrino que visita o santuário. Os gestos de quem chega e as lágrimas derramadas em seu interior marcam a vida de quem se dedica à missão.
Os significados do mosaico traduzem a espiritualidade do templo. “Representando a passagem do filho pródigo que se encontra em Lucas 15. É como se fosse o filho chegando e abraçando o pai. E aí ele passa por um caminho, um caminho escuro, vai passando por todo um processo onde chega na cor azul, que representa que quando nós voltamos ao Pai, quando nós nos confessamos, saímos da vida do pecado, é isso que acontece com a gente. A gente vai passando por um processo de purificação”, completou Araújo.
Para manter com toda essa obra, é preciso a colaboração de muitas mãos. “O Santuário foi construído com a doação de ouro. O ouro que foi doado, o templo de Deus assim foi construído. E a manutenção dele existe. Estamos com várias obras em andamento. E o algo a mais nesse tempo que nós estamos fazendo no Santuário é uma ação do carro que fizemos no ano de 2024 e estamos retomando agora, em 2025”, concluiu o missionário da Comunidade Canção Nova, padre Bruno Costa.
Para quem visita a Canção Nova, conhecer esse recorte do céu é entrar no espaço sagrado do abraço de Deus Pai.
Reportagem de Carla Zanon e Genilson Pacetti