As vestes em exposição são as mesmas utilizadas no sepultamento de Irmã Dulce. As peças foram recolhidas na exumação do corpo em 2010
Da redação, com Arquidiocese de Salvador
Considerada sua relíquia mais importante, as vestes originais utilizadas no sepultamento de Irmã Dulce, a “Mãe dos Pobres” estão expostas pela primeira vez ao público no Memorial Irmã Dulce (MID), localizado em Salvador, no Largo de Roma. A exposição foi aberta nesta domingo, 22, e marca as homenagens aos cinco anos da cerimônia que beatificou a religiosa, que desde então passou a se chamar Bem-Aventurada Dulce dos Pobres.
“São as roupas que ela usava quando foi sepultada em 1992. Entre as peças, dispostas na mesma posição em que estava o corpo, estão o véu, o hábito oficial, o escapulário azul que é o símbolo de sua congregação (Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus) e as meias, além do medalhão que ela sempre usou”, explica Osvaldo Gouveia, assessor de Memória e Cultura das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
Intitulada “Cinco anos de Beatificação… A caminho da Canonização”, a exposição, segundo Osvaldo, chama a atenção também pelo impressionante estado de conservação da roupa que envolveu a beata. “Depois de tantos anos, as vestes não se degradaram. Foram quase duas décadas desde o sepultamento até a retirada das peças, em 2010, por conta da exumação e trasladação do corpo”. Outro aspecto curioso é a presença de características que assemelham as vestimentas com o conhecido Santo Sudário ou o Sudário de Turim. “No caso das vestes de Irmã Dulce, é como se fosse uma impressão do corpo dela sobre o tecido. Por exemplo, o local onde ficavam as pernas dela estão marcadas no hábito”, comenta Osvaldo.
Promovida pela Assessoria de Memória e Cultura da entidade, a instalação conta também com outras peças em exibição, como o tecido que envolveu o caixão da Bem-Aventurada; fragmentos do terço que foram encontrados também no caixão, além de imagens da época do sepultamento e textos de frei Vandeí Santana, reitor do Santuário da Bem-Aventurada, e de frei Mário Erky, capelão das Obras Sociais, abordando a importância das relíquias (termo utilizado para designar o corpo, parte do corpo ou objetos pertencentes a beatos ou santos).
A instalação estará aberta à visitação de terça a domingo, das 10h às 17h.