Marielle Franco, do PSOL, foi morta a tiros no centro da capital carioca
Da redação, com Agência Brasil
A vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi assassinada a tiros no centro do Rio de Janeiro, no bairro Estácio, na noite desta quarta-feira, 14. Ela estava em um carro acompanhada do motorista, que também foi morto, e de uma assessora, que conseguiu escapar ilesa.
Segundo informações preliminares da Polícia Militar do RJ, que atendeu a ocorrência, a parlamentar e o motorista, que não teve a identidade informada, foram baleados e morreram no local. Marielle voltava de um evento chamado “Jovens negras movendo as estruturas”, na Lapa, quando, de acordo com testemunhas, teve o carro emparelhado por outro veículo, de onde partiram os tiros.
Há duas semanas, Marielle havia assumido a relatoria da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para acompanhar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. A vereadora vinha se posicionando publicamente contra a medida.
A parlamentar também chegou a denunciar em suas redes sociais, no fim de semana, uma ação de policiais militares na favela do Acari. “O 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. (…) Acontece desde sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, escreveu.
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Apoio federal
A Presidência da República divulgou nota na noite desta quarta-feira, 14, acerca do assassinato da vereadora. Nela, o governo afirma que vai acompanhar a apuração do incidente. Acrescenta ainda que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, colocou a Polícia Federal para auxiliar na apuração do crime.
“O governo federal acompanhará toda a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista que a acompanhava na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, falou com o interventor federal no estado, general Walter Braga Netto, e colocou a Polícia Federal à disposição para auxiliar em toda investigação”, diz a íntegra nota.