A consultora do Programa de Nacional de Hepatites Virais, Kátia Campos, alerta para a importância da vacina contra a hepatite B. Segundo ela, a iminuzação – implementada há 10 anos no sistema público de saúde do país – é a principal responsável pela queda no número de pessoas infectadas pela doença nas regiões Nordeste e Centro Oeste (incluindo o Distrito Federal), segundo dados preliminares de um levantamento sobre hepatite, feito pelo Ministério da Saúde.
No ano passado, de acordo com a coordenadora o programa, Gerusa Figueiredo, foram aplicadas 15 milhões de doses da vacina. Até abril de 2007, foram aplicadas mais de quatro milhões. “É muito importante que as pessoas sejam vacinas contra a hepatite B para que esse quadro continue sendo revertido”.
Apesar de o estudo estar consolidado só em 2008, os dados coletados até agora mostram que, no Nordeste, dentre os 1.804 entrevistados com idade entre 5 e 9 anos, dois haviam contraído a doença.
No Centro-Oeste, de 1.805 pessoas com idade de 10 a 19 anos, três tiveram hepatite B. Na faixa etária entre 20 e 69 anos, das 1.903 entrevistadas, cinco haviam sido infectadas.
A hepatite é uma doença inflamatória que compromete as funções do fígado. É causada por vários tipos de vírus, com características distintas.
O tipo B pode ser transmitido sexualmente, pelo sangue, pelo compartilhamento de objetos de higiene pessoal (como alicates de unha, lâminas de barbear e escovas de dente), na gravação de tatuagens e colocação de piercings.
A contaminação também pode ocorrer durante procedimentos cirúrgicos e odontológicos sem a segurança adequada. Mães infectadas também podem transmitir a doença aos bebês.