Especialista fala sobre os riscos da exposição ao sol, não só no verão mas durante todo o ano
Ana Lúcia Vilela*
O sol do verão
Estamos na última semana do verão, a estação mais quente do ano. Neste período, a maioria das pessoas se cuida mais. É uma estação de passeios, férias, piscina ou praia, mas pode também nos trazer riscos da exposição ao sol. Os cuidados tomados no verão devem se prolongar durante todo o ano.
A luz solar é a principal responsável pelo surgimento do câncer de pele e do envelhecimento cutâneo, pela ação direta da radiação ultra-violeta (UV). Os tipos mais comuns de lesões de pele causadas pelo sol são:
Pele seca: A pele exposta ao sol pode perder umidade e óleos essenciais gradualmente, fazendo-a parecer seca, escamosa e prematuramente enrugada, até mesmo em pessoas mais jovens.
Queimadura solar: Aparece imediatamente após a pele ter sido exposta a radiação UV. Se for leve causa só um avermelhamento doloroso da pele, mas nos casos mais graves pode produzir minúsculas bolhas cheias de líquido (vesículas) ou até bolhas maiores. Há um quadro alérgico chamado urticária solar que começa logo após a exposição ao sol e desaparece espontaneamente. Há também, uma lesão alérgica de quem teve contato com substância que aumentam a sensibilidade ao sol, como frutas cítricas, perfumes e refrigerantes. Formam-se placas avermelhadas e até mesmo bolhas, parecendo uma queimadura e depois cicatrizam como manchas escuras.
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Ceratose Actínica: É uma mancha pequena e escamosa da pele que tem uma cor que pode ser rosa, vermelha, amarela ou castanha. Não desaparece a menos que seja retirada cirurgicamente ou tratada com medicamento diretamente no local. Acontece na pele que sofreu exposição repetida ou a longo prazo aos raios UV do sol, e é um sinal de advertência do risco aumentado de câncer de pele. Quase um em cada 400 lesões de ceratose actínica eventualmente irão se transformar em câncer de pele.
Mudanças no colágeno da pele a longo prazo: O colágeno é uma proteína estrutural da pele e estas mudanças incluem as lesões por envelhecimento prematuro da pele por causa da exposição ao sol e a chamada fragilidade capilar causando sangramento de vasos sanguíneos frágeis sob a superfície de pele porque a radiação UV danifica o colágeno estrutural que apoia as paredes dos vasos sanguíneos minúsculos da pele. Aparecem rugas e linhas de expressão devido à perda do colágeno.
Sabendo um pouco mais sobre os tipos de males que a luz solar pode nos causar, devemos ter sempre em mente que a melhor maneira de evitarmos danos à nossa pele é a prevenção.
Não esquecer de passar o protetor solar quando formos nos expor ao sol, mesmo que por pouco tempo, e mesmo em estações mais frescas. As crianças são mais sensíveis ainda e o cuidado deve ser redobrado.
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*Ana Lúcia Vilela é Medica graduada pela UFRJ, Especialista em Clinica Medica pela UERJ e Especialista em Geriatria pela SBGG/ AMB. Atua como Geriatra do INTO. Preceptora em psicogeriatria no CPRJ.