Reajuste no salário mínimo

Temer reúne-se com PMDB e descarta racha da base sobre mínimo

O vice-presidente da República Michel Temer foi até a Câmara dos Deputados para reunir-se com a bancada do PMDB, nesta quarta-feira, 16, e reforçar a mensagem do governo sobre o salário mínimo de R$545,00.

Temer, que é presidente licenciado do PMDB, acredita que a proposta do governo para o mínimo será aprovada na Casa sem fragmentação da base aliada.

Ao chegar para a reunião, o vice disse que conversou com o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e que o deputado se mostrou confiante na posição da bancada a favor do projeto do governo, que vai a votação nesta quarta na Casa.

"(Henrique Eduardo Alves) disse que é muito provável que ultrapasse o número de sessenta e tantos votos do PMDB", afirmou o vice-presidente. Sobre uma possível dissidência na hora de votar, avaliou que haverá "pouquíssima". A bancada do partido na Câmara conta com 77 deputados.

Na avaliação do governo, que diz contar com apoio do PTB, do PP, do PCdoB, do PSB, do PR, do PMDB e do PT, a proposta será aprovada. O PDT, que tem entre seus deputados o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (SP), é o principal foco de resistência da base à proposta do governo no Congresso.

"Fragmentação (da base) eu não acredito, pode haver um ou outro voto contrário, mas não fragmentação da base", disse Temer.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também descartou a possibilidade de dissidência na hora de votar a proposta do governo.

"A posição do PMDB é justamente a de apoiar o projeto do governo, e as consultas feitas com as bancadas pelas lideranças indicam que o partido vai votar quase na sua totalidade nessa direção, de 545 reais", afirmou Sarney a jornalistas.

Segundo Sarney, qualquer não participação do PMDB "significa que estamos contra o nosso vice".

 

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