"Grave situação"

Temer envia Forças Armadas para reforçar segurança no ES

Além das Forças Armadas, o Espírito Santo também receberá 200 homens da Força Nacional para o reforço do policiamento em Vitória

Da redação, com Reuters e Agência Brasil

Homens das Forças Armadas e da Força Nacional começarão a patrulhar as ruas da região metropolitiana de Vitória, capital do Espírito Santo, nesta segunda-feira, 6, em uma operação para reforçar a segurança diante de uma “grave situação” provocada pela greve da Polícia Militar, anunciou o governo federal.

Tropas da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuarão sob a chamada Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em atendimento a pedido do governador em exercício, César Roberto Colnaghi, à Presidência da República, que autorizou a atuação dos militares.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, conversou por telefone com autoridades do Estado e viajará também nesta segunda para Vitória, informou o Ministério da Defesa em comunicado.

Além das Forças Armadas, o Espírito Santo também receberá 200 homens da Força Nacional para o reforço do policiamento em Vitória, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A greve dos policiais militares do Espírito Santo resultou em uma série de crimes na região metropolitana de Vitória no fim de semana, de acordo com a Polícia Civil do Estado. Vídeos divulgados nas redes sociais flagraram assaltos nas ruas da cidade, provocando pânico entre moradores.

O governo do Estado informou em nota que trocou o comando da PM “para restabelecer a ordem e disciplina”, e disse que irá continuar conversando com os policiais para garantir o policiamento nas ruas.

A administração estadual também disse ter obtido uma decisão favorável do Tribunal de Justiça contra a paralisação da PM, na qual foi determinada multa diária de 100 mil reais caso os policiais não cumpram a determinação de retornar às atividades.

A crise na segurança no Espírito Santo ocorre semanas após uma série de rebeliões em presídios do país em consequência de conflitos entre facções criminosas, que deixaram ao menos 130 mortos e levaram o governo federal a autorizar o envio das Forças Armadas a penitenciárias para a realiação de varreduras.

Volta às aulas interrompida

A prefeitura de Vitória suspendeu nesta segunda-feira, 6,  a volta às aulas na rede municipal e o atendimento em todas as unidades de saúde da capital do Espírito Santo. Segundo o executivo local, a decisão foi tomada em virtude do protesto de familiares dos policiais militares, que impedem a saída de viaturas dos batalhões. O objetivo é preservar a integridade e a segurança de alunos, pacientes e servidores e profissionais da saúde e da educação.

A suspensão das aulas acontece para os estudantes do turno matutino e vespertino e o reinício das atividades será decidido pela administração municipal. Nas unidades de saúde, a vacinação contra a febre amarela está temporariamente suspensa até o fim do protesto dos familiares de policiais militares. O atendimento nos pronto-atendimentos da Praia do Suá e São Pedro continua normal neste início de semana.

As manifestações de familiares começaram na sexta-feira, 3, quando 12 mulheres, familiares de militares se reuniram em frente à 6ª Companhia, no bairro de Feu Rosa, na Serra, e fecharam a saída de viaturas. Elas reivindicam reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.

As manifestações se estenderam para outros batalhões durante o fim de semana e, segundo a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS), já atingem todos os batalhões do estado.

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