Manifestação

Silêncio de governadores marca protesto por royalties no Rio

Milhares de pessoas compareceram nesta quarta-feira, 17, à manifestação no Rio de Janeiro contra a emenda que propõe mudanças na distribuição dos royalties do petróleo, marcada por muita chuva, shows musicais e o silêncio dos mandatários dos Estados mais atingidos.

Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), decidiram não fazer discursos durante o evento, provocando críticas de políticos que foram ao protesto, como a prefeita de Campos, Rosinha Mateus (PR), que afirmou que o ato foi descaracterizado.

"Só não entendo por que não usaram da palavra. Sugeri que os governadores falassem. Nessa hora não tem cor nem sigla partidária, é o Estado. Agora chega aqui e não tem um comando político?", afirmou a prefeita, que é adversária de Cabral.

"Trouxe mais de 10 mil pessoas de Campos e as pessoas não sabem o que está acontecendo. Eu vim pra quê? E trouxe essa gente pra quê?", perguntou Rosinha.

Campos seria um dos municípios mais atingidos pela emenda Ibsen, aprovada no bojo do projeto de partilha de produção na Câmara dos Deputados, que propõe uma distribuição igualitária dos royalties do petróleo entre todos os entes da Federação.

Cabral minimizou a crítica e afirmou que o silêncio dos governadores foi uma sugestão de Hartung.

"São milhares de pessoas, é uma demonstração de amor ao Rio debaixo dessa chuva", disse ele a jornalistas.

"Foi uma sugestão do governador Hartung, que já foi. Ele disse: você e eu temos dado recado à imprensa diariamente, o recado está dado. A hora agora é dessa demonstração. Aí vieram as personalidades e os artistas para interagirem com a população", acrescentou Cabral. 

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