Os cerca de 6 mil servidores técnicos da Universidade de Brasília (UnB) decidiram nesta terça-feira, 21, pôr fim à greve que durou pouco mais de 180 dias. Desde o dia 12 de março, os servidores interromperam parte das atividades como forma de pressionar a retomada das negociações do pagamento da Unidade de Referência de Preço (URP), direito adquirido pela categoria, segundo o sindicato, desde 1989.
A suspensão da greve é consequência da limitar emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pela ministra relatora do processo Cármen Lúcia, na última quinta-feira, 16, que manteve o pagamento da gratificação de 26,05% do salário.
De acordo com o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Cosmo Balbino, haverá um novo encontro na próxima semana para acertar outras questões.
“Temos uma assembleia marcada para a próxima terça-feira, 28, mas apenas para definir algumas questões que estiveram como causas defendidas no movimento, como por exemplo, um termo de compromisso com o término da greve firmado com a reitoria. Ficaremos apenas em estado de alerta, mas nada que faça retroagir a paralisação”, conclui.
O termo de compromisso que deve ser discutido com a reitoria da UnB tem como objetivo evitar que funcionários em estágio probatório sejam punidos pela greve, estendendo o benefício para toda a categoria, inclusive para aqueles que não impetraram ação trabalhista.
O servidor do Instituto de Física da Universidade de Brasília Marcelo Parise, que fez greve de fome em sinal de protesto por quase sete dias, avalia o término da greve como positivo.
“Quando fiz greve de fome, tomei a decisão junto com outros colegas porque achava que o movimento precisava de uma sacudida. Hoje percebo que a união dos trabalhadores da universidade colaborou para que chegássemos até aqui”, ressalta.
Além da reincorporação dos 26,05%, o sindicato negocia o pagamento da salário referente aos dias paralisados, que deve ser calculado desde a expedição do mandado de segurança no dia 12 de maio.
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