DISCUSSÕES

Senado debate limites entre ensino e ideologia em sala de aula

Português, matemática, história… São essas as disciplinas que os pais esperam que os filhos aprendam na escola. Mas a manifestação de ideologias em sala de aula tem preocupado muitas famílias. O tema foi debatido segunda-feira, 28, no Senado, com ampla participação popular.

Reportagem de Gabriela Matos e Ersomar Ribeiro

Representantes de instituições educacionais e de segurança, entre outros setores da sociedade, participaram de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, juntamente com pais e gestores, para debater o direito de famílias intervirem em doutrinação ideológica nas escolas. “Um dos documentos que fundamenta a atuação desta comissão é a Declaração dos Direitos Humanos, que diz que os alunos tem direito a educação, que respeitem as crenças e os valores das famílias, é um debate delicado, mas está no documento, e o Brasil é signatário deste documento, desta declaração”, apresentou dos Republicanos/DF, a senadora Damares Alves.

A participação da família na vivência escolar aumenta a frequência e diminui a evasão. É o que mostra pesquisa realizada em 2020. Ano passado, o DataFolha ouviu quase cinco mil responsáveis por alunos de seis a 18 anos, de escolas municipais e estaduais. Um em cada três entrevistados acredita que o estudante não está aprendendo como esperado para a idade, o que demonstra uma imensa insatisfação com o ensino aplicado na rede pública.

A audiência marca os dias Nacional da Família na Escola e o da Educação, comemorados em 24 e 28 de abril. Os presentes defenderam a atuação conjunta de diversas frentes, para assegurar direitos de crianças e jovens. “A família é uma instituição anterior ao Estado, o Estado embora nós estejamos dentro dele, e sendo absorvidos por ele, surge para otimizar os meios de sobrevivência das famílias. Construção técnica fica por conta do Estado, mas a formação moral, a formação religiosa, isso tem que ficar por conta das famílias”, concluiu da Pastoral da Educação da Arquidiocese Brasília, o padre Paulo Rogério.

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