RG PARA TODOS

Semana Nacional do Registro Civil quer resgatar cidadania de vulneráveis

Documentos que resgatam a cidadania. A Semana Nacional do Registro Civil mobiliza todo o Brasil até sexta-feira. Na Praça da Sé, em São Paulo, o foco é acolher e atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Reportagem de Aline Imércio e Adilson César Rodrigues

Antônio de Souza veio do Pará para São Paulo no início do mês. Desempregado na época, ficou em um abrigo de hotel público.

“Estava sem documento. Consegui tirar todos os documentos. Inclusive o CAT me encaminhou para uma entrevista de emprego, hoje eu também fui contratado”, conta o cozinheiro”.

A ação faz parte da terceira Semana Nacional de Registro Civil, organizada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, e da sexta edição do Pop Rua Jud Sampa 6, do Tribunal Regional Federal da 3° Região. O objetivo é possibilitar que pessoas em situação de rua possam organizar sua documentação e também usufruir de outras assistências no local.

“Por serem vulneráveis elas estão sem acesso a suas certidões, e aí a pessoas tem a oportunidade de pegar uma senha e conseguir a certidão de nascimento, e com a certidão de nascimento a pessoa que não tem nenhum documento, ela consegue tirar os outros documentos”, explica o juiz assessor da Corregedoria Geral de Justiça do TJSP, Carlos Henrique André Lisboa.

A juíza federal Raecler Baldresca destaca: “O Pop Rua Jud Sampa é um mutirão, que traz mais de 60 instituições para prestar serviços a pessoas em situação de rua”.

As pessoas que chegam aqui são direcionadas para um serviço de triagem. Após o levantamento das principais necessidades, o público é então direcionado para as barracas de atendimento.

O ajudante, Samuel Francisco Santos conta: “Eu tomei a vacina, tirei a certidão de nascimento, e agora vou tirar RG”.

“É exatamente. Tava tendo dificuldade para conseguir a certidão, aí eu acabei vindo no evento e tive resposta. Agora vou tirar meu RG, poder trabalhar tranquilo”, disse Robian Pereira, desempregado.

O autônomo, Ricardo da Silva relatou: “Eu vim aqui porque é bom, cômodo, mais confortável para gente, que a gente resolve tudo num só lugar”.

O evento que vai até a próxima sexta-feira, na Praça da Sé, oferece também alimentação por meio do Serviço Franciscano de Solidariedade, atendimento a imigrantes e até um espaço da Pastoral do Menor, para acolher as crianças enquanto os pais são atendidos:

“A pastoral do menor desenvolve atividades pedagógicas, lúdicas, também fazendo os encaminhamentos junto ao ao Seas, se necessário, para essa família, para essa criança”, explicou a coordenadora arquidiocesana da Pastoral do Menor, Sueli Camargo.

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