Estimativas do IBGE, reveladas nesta quarta-feira, 23, apontam ainda que são 400 mil pessoas a mais do que os dados mostravam em outubro
Da redação, com IBGE
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação, medida pela PNAD COVID-19, chegou a 14,2%, a maior da série histórica da pesquisa que teve início em maio. O maior número de pessoas desocupadas se encontra na região Nordeste. Na região Sul, porém, houve queda neste número. No total, este contingente aumentou 38,6% desde maio. A população desocupada foi de 14 milhões de pessoas em novembro contra 10,1 milhões de pessoas em maio e 13,8 milhões em outubro — aumento de 38,6% e 2,0%, respectivamente
A população ocupada, segundo o IBGE, subiu para 84,7 milhões, aumento de 0,6% em relação a outubro (84,1 milhões), e, pela primeira vez desde o início da pesquisa, apresentou contingente superior ao de maio (84,4 milhões). O nível de ocupação ficou em 49,6%, ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada.
A população fora da força de trabalho é 72 milhões de pessoas. “A população ocupada se aproximou do patamar de março, apesar da taxa de desocupação maior. Isso porque temos mais pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de uma ocupação. Esses números refletem a flexibilização das medidas de distanciamento social, com mais pessoas mês a mês deixando de estar fora da força de trabalho”, afirmou Maria Lucia Viera, coordenadora da pesquisa.
Por conta do distanciamento social causado pela pandemia, das 84,7 milhões de pessoas ocupadas, 2,1 milhões ainda estavam afastadas do trabalho. Em maio, 15,7 milhões estavam afastadas do trabalho por esse motivo.
A pesquisa também mostra que em 41,0% dos domicílios ao menos um morador recebeu algum auxílio do governo para enfrentar a pandemia em novembro. No mês anterior, esse percentual foi de 42,2%. Foram atendidos cerca de 28,1 milhões de domicílios em novembro frente aos 29,0 milhões de outubro. O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 558 por domicílio.