Blog Osvaldo Luiz

"Santo Made in Brazil"

O que era viável e até provável agora se concretiza. Na viagem do Papa Bento XVI ao Brasil é canonizado Frei Galvão. O primeiro santo genuinamente brasileiro, nascido aqui em Guaratinguetá, interior de São Paulo. A lógica era essa mesma: tendo coincidido o fim de seu processo com a viagem para cá do Bispo de Roma, realizar aqui e não no Vaticano a cerimônia que colocará o Frei como modelo de virtudes cristãs.

“Há males que vem para o bem” – diz o ditado. A documentação pedindo que o frade franciscano fosse santo ficou esquecida numa gaveta na arquidiocese de São Paulo por décadas.

Dizem que a correspondência até selada estava, mas por algum motivo oculto não foi enviada. Quando dom Paulo Evaristo Arns, também franciscano, foi transferido para São Paulo encontrou a “relíquia”. Estava desatualizada; havia mudado a forma de se fazer esses processos. Teve-se que partir do zero.

O que quero dizer: era para que Frei Galvão já tivesse sido canonizado há muito tempo, pois sua vida foi de fato um belo testemunho cristão. Mas, pelo menos, teremos agora a felicidade de aqui, em nosso solo, poder celebrar um brasileiro, como nós, elevado às honras dos altares…

Frei Galvão viveu num já longínquo século 18. Ainda em vida teve fama sua santidade. Atendia com primor a todos. Aliás, foi assim que surgiram suas famosas pílulas: incapacitado de estar em todos os lugares solicitados, escrevia uma oração num pedacinho de papel e enviava para o necessitado. Que fé magnífica! Semelhante à sombra dos apóstolos que curava os enfermos ou a veste de Jesus que, ao ser tocada, estancou o sangramento de uma mulher…

Frei Galvão não é assunto que se esgote em poucas linhas: tem tanto que se falar… Suas pregações, sua firmeza junto aos poderosos, sua devoção mariana, seus dons extraordinários como o de estar em dois lugares ao mesmo tempo! Mas agora com a canonização os brasileiros poderão conhecê-lo melhor e ter mais um estímulo a seguir Cristo. Viver à Sua maneira é possível ainda hoje e também aqui no Brasil. Que Frei Galvão rogue por nosso querido país!

 

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