Irmã Dulce recebeu o título de Bem-aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial da celebração de sua festa litúrgica
Da redação, com Arquidiocese de Salvador
Milhares de devotos e admiradores da vida e obra de Irmã Dulce deverão participar nesse domingo, 13, em Salvador, da programação em homenagem ao dia da beata baiana. A sétima edição da Festa em honra à Bem-aventurada Dulce dos Pobres terá início às 8h, com a “Caminhada Irmã Dulce”, saindo da Igreja do Bonfim em direção ao Santuário da religiosa, localizado no Largo de Roma.
A manhã festiva segue com a celebração da Missa Solene, às 9h30, também no Santuário do Anjo Bom da Bahia, presidida pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. A agenda contará ainda com Momento de Louvor (14h); Exposição, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento (15h); e Missa dos Devotos (17h).
O 13 de agosto
Por ocasião de sua Beatificação, ocorrida em maio de 2011, Irmã Dulce recebeu o título de Bem-aventurada Dulce dos Pobres, tendo o dia 13 de agosto como data oficial da celebração de sua festa litúrgica. O significado da data remete a 1933, quando a jovem Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, em São Cristóvão (Sergipe). Naquele mesmo ano, no dia 13 de agosto, com 19 anos de idade, ela recebeu o hábito e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.
Nascida em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, Maria Rita começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Sempre com muita fé, amor e serviço, o Anjo Bom iniciou na década de 1930 um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.
Em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização de sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa marca as raízes da criação das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com 4,6 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano. Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, e está atualmente em processo de Canonização. Para ser canonizada (declarada Santa) é necessária a comprovação de mais um milagre atribuído à freira baiana.