Padre Hidalberto Henrique Guimarães, 48 anos, é o quarto sacerdote assassinado no Brasil, a pouco menos de cinco meses. Nesta segunda-feira, 9, foi celebrada a Missa de corpo presente na Igreja matriz de Nossa Senhora das Graças, no município de Murici, periferia de Maceió (AL) e, logo em seguida, o sepultamento. O velório aconteceu durante todo o domingo, 8.
O corpo do sacerdote só foi encontrado no sábado, 7, dois dias após seu sumiço. Padre Hidalberto estava desaparecido desde a quinta-feira, 5. Naquele dia, participou de uma reunião do clero arquidiocesano e, depois, não foi mais visto. No sábado, o sacerdote celebraria uma Missa, na cidade de Branquinha, mas como não compareceu, um afilhado do padre o procurou em sua casa. Ao entrar, ele viu o corpo ensangüentado no chão da cozinha com muitas perfurações concentradas nas regiões abdominal, torácica, na cabeça, coxa e braços.
Segundo informações da polícia, padre Hidalberto sofreu golpes de pauladas e foi esfaqueado. Na residência dele, não há vestígios de arrombamento ou fuga pelo quintal. A polícia não conseguiu identificar os reais motivos do crime até o momento. De acordo com os investigadores, os assassinos tentaram ainda decapitar o padre.
O delegado-geral da Polícia Civil do estado, Marcílio Barenco, afirmou ter identificado várias pegadas na parte interna da casa, o que levantou a suspeita da participação de mais de uma pessoa no crime. Segundo o delegado José Edson, pelas primeiras avaliações, os criminosos lavaram as mãos antes de deixar a casa do padre.
O Arcebispo de Maceió e presidente do Regional Nordeste 2 da CNBB, Dom Antônio Muniz, declarou seu pesar pelo assassinato: “Não somente o clero, mas toda a sociedade alagoana está perplexa”.
De acordo com a nota enviada pela Arquidiocese de Maceió à assessoria de imprensa da CNBB, padre Hidalberto ordenou-se na Igreja de São José, no bairro Trapiche, em Maceió, no dia 14 de dezembro de 1992 e ultimamente era o pároco da Matriz de Nossa Senhora das Graças em Murici.
“Formado recentemente em jornalismo, o sacerdote era muito querido pelos paroquianos que não conseguem encontrar explicações para o ocorrido”, diz a nota. “A Arquidiocese de Maceió encontra-se unida em oração pela solução deste caso e permanece, aguardando a conclusão do inquérito”, completa.
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