O senador Renan Calheiros renunciou à Presidência do Senado, após seis meses de denúncias e de duas licenças em decorrência dos processos de cassação a que responde no Conselho de Ética da Casa.
Pela primeira vez na história do Senado Federal um presidente da casa renuncia ao cargo. O senador Renan Calheiros do PMDB de Alagoas anunciou em plenário antes da votação do processo a que responde por quebra de decoro parlamentar, Renan é acusado de comprar, em nome de terceiros duas emissoras de rádio e um jornal, em Alagoas.
Em discurso o senador agradeceu o tempo como presidente do senado e disse que agiu de acordo com sua "consciência". Essa é a segunda vez que o plenário julga processo contra Renan Calheiros, em setembro ele foi absolvido pela denúncia, apresentada pelo PSOL, em que era acusado de pagar despesas pessoais com recursos de uma construtora.
Renan Calheiros disse que não renunciou antes, para não parecer que era culpado, "não adotei esse gesto antes porque poderia sugerir naquele momento aceitação de inverdades. Essa interpretação não me pareceu a mais conveniente, mas agi de acordo com a minha consciência. É uma das horas mais difíceis da minha vida".
E a sessão que era para votar o processo contra o senador virou uma sessão de discursos em defesa à imagem da casa e do ex-presidente do senado.
Os senadores continuam reunidos no plenário para a votação do processo de cassação de Renan Calheiros.