ESTUDOS

Relatório aponta mudança climática em todo o País

Mudanças nos padrões de clima em todas as regiões do Brasil é o que aponta documento elaborado com base em vários estudos, publicações e análises técnicas. O relatório considera observações e apresenta projeções para o futuro climático do País.

Reportagem de Gabriela Matos e Ersomar Ribeiro

O primeiro relatório bienal de transparência do Brasil à Convenção do Clima foi elaborado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com a síntese de dados técnico-científicos, que, segundo especialistas, mostra a emergência climática que o país vive e muitos ainda não se deram conta.

A extensão territorial e a variedade de regimes climáticos do país, contrastes diferentes em cada região, são características únicas no Brasil. No entanto, alguns pontos são considerados certos para o futuro do clima, como o aumento de temperatura e de ondas de calor em todas as regiões e o crescimento da chuva anual no Sul e de chuva extrema, no Norte, Sudeste e Sul. Além disso, a seca também deve aumentar no Centro-Oeste, Nordeste e parte do Sudeste.

 “Esses eventos extremos é que são os principais problemas que a gente vai enfrentar com a mudança do clima, porque eles vão ser mais frequentes, a gente vai ter uma ocorrência maior de ou excesso de chuva ou uma seca muito forte”, disse o consultor ambiental, Charles Dayler.

Os especialistas destacam que os dados trazidos no relatório podem impactar no planejamento urbano e devem ser considerados pelas autoridades. “Um dos objetivos do plano clima e a partir também desses relatórios é ampliar a capacidade e a resiliência das comunidades, das cidades, dos vilarejos, das pessoas tanto na cidade quanto no campo”, explicou o ambientalista, Jefferson Sooma.

A população também deve ficar atenta para adaptar-se às mudanças. “Essas ondas de calor muitas vezes no Brasil, as temperaturas ultrapassam 40º de uma maneira muito fácil hoje. Isso torna-se de uma situação muito difícil como que a população vai se acostumar, se adaptar com essas situações que vão ocorrendo. Ficar muito atenta aí o que os órgãos de metodologia falam pela frente para se prevenir”, concluiu o meteorologista Francisco de Assis Diniz.

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