Uma iniciativa simples, criativa e cheia de significado transforma fé em ação no Distrito Federal. Uma comunidade que ainda não tem templo próprio se uniu à iniciava do pároco: juntar latinhas e materiais reciclados, e com eles conseguir recursos para a construção.
Reportagem de Aline Campos e Sanny Alves
Parecia uma ideia inusitada. “Nosso primeiro objetivo é construir a matriz. Alguém comentou comigo assim, vi a questão da latinha, alguém falou: ‘Olha, latinha, fulano vende latinha, dá um valor bom’. E aí eu falei: ‘Vou vender latinha’. Teve aqueles que eu vi que achou engraçado, falou: ‘Esse padre no final da missa fala para juntar a latinha’”, contou o administrador da Paróquia São Francisco de Assis, padre Edson Matias de Sousa.
E não demorou muito. O que começou com poucas doações se transformou em uma grande corrente. “E eu tenho muita esperança que ele vai construir a Igreja, mas com a luta da gente tem que ser unido, para poder conseguir. E antes de eu ir, eu quero inaugurar essa Igreja”, expressou a aposentada, Clarrice Pereira dos Santos.
De boca a boca, a iniciativa se espalhou e o exemplo de fé e comprometimento passaram a inspirar cada vez mais pessoas. “Muito louvável e simples. Já que todo mundo junta latinha um pouquinho, cada um junta para vender, por que não para construir a nossa paróquia?”, apontou o motorista, José Wilson da Silva.
E para acelerar a meta que dará início à construção do templo, as atividades aqui
não param. Os paroquianos se reúnem durante a semana para acelerar o processo de separação e organizar os itens para a venda dos materiais reciclados. “Amassa e deixa no jeito para o pessoal vir comprar”, explicou o aposentado, João de Deus Santana Almeida.
E em apenas 3 meses, a campanha ganhou visibilidade nas redes sociais e ultrapassou os limites da comunidade. As imagens e as mensagens de fé do padre Matias viralizaram e tocaram pessoas de diferentes lugares. “A esperança é grande, a expectativa é muito grande, porque há muito tempo a gente tá esperando por esse tempo”, disse a diarista, Isabel Souza.
Agora o desafio é alcançar as metas por etapa. O futuro reserva um templo construído não apenas com tijolos e concreto, mas com fé e unidade. “De uma forma muito natural. A gente evangeliza e fruto de uma paróquia evangelizadora, a paróquia acabou abraçando uma causa também que cuida da natureza”, concluiu o padre.
