ENDÊMICA

Projeto favorece a conscientização sobre a Doença de Chagas

No Dia Mundial de Combate a Doença de Chagas, nossa reportagem mostra um pouco sobre essa enfermidade silenciosa que ainda afeta milhões de pessoas, endêmica em 21 países nas Américas, a doença deve levar décadas para apresentar sintomas graves como problemas cardíacos e digestivos.

Reportagem de Aline Imercio e Gilberto Pereira

Causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi, a Doença de Chagas é transmitida, principalmente, de forma vetorial por meio da picada do inseto conhecido como bicho barbeiro. “Deposita as suas fezes com esse parasita ou tripanossoma, que entra na circulação sanguínea e pode causar a doença”, declarou a Investigadora principal do CUIDA Chagas, Andrea Silvestre.

Na fase aguda, a enfermidade pode apresentar sintomas como febre e fadiga. Em alguns casos, quando os sintomas se agravam anos depois, a doença pode ser considerada silenciosa. “Décadas depois, muitas das vezes essas pessoas podem ter comprometimento crônico da doença, com acometimento cardíaco ou esofagiano, e intestino, acometimento digestivo. E por conta disso, muitas vezes não é identificada pelo sistema de saúde, e infelizmente os diagnósticos acabam sendo tardios”, completou a investigadora.

Iniciativas que promovem a conscientização da doença são muito importantes. Liderado pelo Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz, o projeto CUIDA Chagas pretende, entre outras ações, ampliar o acesso ao diagnóstico, o tratamento e o cuidado da doença na América Latina.

Um dos principais focos do projeto é contribuir para a eliminação vertical da doença, ou seja, identificar o diagnóstico nas mulheres, antes ou durante a gestação. “O nosso público alvo primário são as mulheres em idade fértil, tratando essas mulheres a gente diminui o que seja a possibilidade de um filho nascer com a Doença de Chagas, além disso, a partir de uma mulher positiva a gente promove o diagnóstico e tratamento de todos os seus filhos, sendo recém nascidos ou não e de todos os contactantes domiciliares”, concluiu Andrea.

O projeto existe em quatro países diferentes com o propósito de instruir as pessoas a serem porta-vozes da doença, e mostrarem ações educativas sobre as chagas. “O CUIDA Chagas foi bem aceito, mudou muito o empenho das pacientes, o interesse, a vontade, elas não rejeitaram fazer o teste e a demanda que foi grande”, disse a porta-voz do CUIDA Chagas, Maria Melo.

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