Dom Orani afirmou que os presídios do Brasil não conseguem ainda reeducar as pessoas para que retornem à sociedade
Da redação, com Arquidiocese do Rio
Após o encontro com a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, 22, o Arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal eleito Dom Orani Tempesta, afirmou que o sistema penitenciário brasileiro ainda não consegue reeducar as pessoas para então devolvê-las à sociedade.
“Essa questão dos presídios é uma questão ainda não resolvida em nosso País. Por mais que haja novos presídios, novas tentativas, ainda não conseguimos fazer com que as pessoas sejam reeducadas, tenham uma maneira nova de convivência, que possam voltar para a sociedade”, disse o arcebispo, comentando a situação dos presídios no Maranhão.
O cardeal eleito disse ainda que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) organiza para o dia 2 de fevereiro uma caminhada no estado maranhense. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para os problemas no sistema penitenciário do estado. Segundo ele, assim como a população, os bispos do Maranhão estão preocupados com a situação.
Além disso, de acordo com o arcebispo, a Igreja pretende incrementar as parcerias nas ações de combate às drogas para “aumentar a qualidade de vida das pessoas”.
Agradecimento
Durante o encontro com a presidente, também foram tratados temas como a questão social, os jovens dependentes químicos e moradores de rua.
No entanto, agradecer à presidente Dilma foi um dos principais motivos da visita de Dom Orani ao Palácio do Planalto. “Vim para agradecê-la pelas mensagens que mandou por ocasião da minha nomeação, da minha eleição, seja pelo Twitter, seja pela televisão”, disse.
Dom Orani convidou a presidente para a celebração do Consistório, no dia 22 de fevereiro, data na qual ele oficialmente será criado cardeal. “Ela ficou bastante animada e talvez, se conseguir possibilidade, também irá a Roma”, completou.