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Comentário da liturgia deste d

Pregador do Papa: o que é mais libertador que a vontade de Deus d

Comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, ofmcap., sobre liturgia do próximo domingo

Publicamos o comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, ofmcap. — pregador da Casa Pontifícia — sobre a liturgia do próximo domingo, XXVI do tempo comum.

Quem não está conosco, está contra nós

XXVI Domingo do tempo comum (B)
Números 11, 25-29; Tiago 5, 1-6; Marcos 9, 38-43.45.47-48

Um dos apóstolos, João, viu expulsar demônios em nome de Jesus a um que não era do círculo dos discípulos e o proibiu. Ao contar o incidente ao Mestre, ouve-se que Ele responde: «Não o impeçais… Quem não está contra nós, está a nosso favor».

Trata-se de um tema de grande atualidade. O que pensar dos de fora, que fazem algo bom e apresentam as manifestações do Espírito, sem crer ainda em Cristo e aderir-se à Igreja? Também eles podem se salvar?

A teologia sempre admitiu a possibilidade, para Deus, de salvar algumas pessoas fora das vias comuns, que são a fé em Cristo, o batismo e a pertença à Igreja. No entanto, esta certeza se afirmou na época moderna, depois de que os descobrimentos geográficos e as aumentadas possibilidades de comunicação entre os povos obrigaram a perceber que havia incontáveis pessoas que, sem culpa sua alguma, jamais haviam ouvido o anúncio do Evangelho, ou o haviam ouvido de maneira imprópria, de conquistadores ou colonizadores sem escrúpulos que tornavam bastante difícil aceitá-lo. O Concílio Vaticano II disse que «o Espírito Santo oferece a todos a possibilidade de que, na forma só por Deus conhecida, se associem a este mistério pascoal» de Cristo e, portanto, se salvem [Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja e o mundo atual, nº 22, ndt].

Então a nossa fé cristã mudou? Não, com tal de que continuemos crendo em duas coisas: primeiro, que Jesus é, objetivamente e de fato, o Mediador e o Salvador único de todo o gênero humano, e que também quem não o conhece se salva, salva-se graças a Ele e à sua morte redentora. Segundo: que também os que, ainda não pertencendo à Igreja visível, estão objetivamente «orientados» a ela, fazem parte dessa Igreja mais ampla, conhecida só por Deus.

Em nossa passagem do Evangelho, Jesus parece exigir duas coisas destas pessoas «de fora»: que não estejam «contra» Ele, ou seja, que não combatam positivamente a fé e seus valores, isto é, que não se ponham voluntariamente contra Deus. Segundo: que, se não são capazes de servir e amar a Deus, sirvam e amem ao menos a sua imagem, que é o homem, especialmente o necessitado. Diz de fato, a prolongação de nossa passagem, falando ainda daqueles de fora: «Todo aquele que vos dê de beber um copo de água pelo fato de que sois de Cristo, asseguro-vos que não perderá sua recompensa».

Mas declarada a doutrina, creio que é necessário retificar também algo mais, e é a atitude interior, a nossa psicologia de crentes. Pode-se entender, mas não compartilhar, a mal escondida contrariedade de certos crentes ao ver cair todo privilégio exclusivo ligado à própria fé em Cristo e à pertença à Igreja: «Então, de que serve ser bons cristãos… ?». Deveríamos, ao contrário, alegrar-nos imensamente frente a estas novas aberturas da teologia católica. Saber que nossos irmãos de fora também têm a possibilidade de salvar-se: o que existe que seja mais libertador e que confirma melhor a infinita generosidade de Deus e sua vontade de «que todos os homens se salvem» (1 Tm 2, 4)? Deveríamos apropriar-nos do desejo de Moisés recolhido na primeira leitura deste domingo: «Quero de Deus que dê a todos o seu Espírito!».

Devemos, com isso, deixar a cada um tranqüilo em sua convicção e deixar de promover a fé em Cristo, dado que a pessoa pode salvar-se também de outras maneiras? Certamente não. Só deveríamos pôr mais ênfase no positivo que no negativo. O negativo é: «Creia em Jesus, porque quem não crê n’Ele estará condenado eternamente»; o motivo positivo é: «Creia em Jesus, porque é maravilhoso crer n’Ele, conhecê-lo, tê-lo ao lado como Salvador, na vida e na morte».

Fonte: Agência Zenit

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