O Pará é sede de um encontro de pesquisadores do Brasil e da França. Eles discutem questões climáticas e os caminhos para diminuir as agressões ao meio ambiente.
Reportagem de Carla Zanon
Imagens de Arquivo CN, ACN Comunicação e John Cardozo
A natureza não suporta tanto descaso. Os animais são prejudicados pela falta de cuidado com o meio ambiente. Imagens como essas reforçam o pedido do Papa Francisco de zelar por aquilo que é precioso, a Casa Comum.
No estado do Pará, local da COP 30, pesquisadores brasileiros e franceses se reúnem até a próxima sexta-feira para discutir os desafios das questões climáticas. “Esta é uma iniciativa da embaixada da França no Brasil e do Museu Paraense Emílio Goeldi”.
A Igreja tem um olhar atento e cuidadoso com as temáticas ambientais, uma pauta debatida entre as autoridades eclesiais. “Nós estamos vivendo uma emergência climática e que dá mostras de que nós já estamos ultrapassando o limite esperado. Esperamos que as nações possam de fato firmar compromissos mais ambiciosos para enfrentar o desafio das mudanças climáticas e assim poder minorar, mitigar também as suas consequências, principalmente para os mais vulneráveis, para as populações mais pobres e necessitadas”, disse o arcebispo de Belém do Pará (PA), Dom Júlio Endi Akamine.
Mais do que a maior floresta tropical do mundo, a Amazônia é o lar de muitas famílias. O zelo com este espaço deve ser amplo e consciente. “Devemos encarar a floresta não somente como um grande depósito de recursos naturais, mas num lugar onde há pessoas que estão cuidando da floresta. Se a floresta está de pé até os dias de hoje, é também por conta destas pessoas, destas populações”, reforçou Dom Júlio.
Embora os desafios climáticos sejam muitos, há sempre a oportunidade de estabelecer novos caminhos para a mudança. “O outro desafio é aproveitar a COP para criarmos uma consciência ecológica, para criarmos uma consciência de necessidade, uma conversão ecológica, como dizia Papa Francisco, se conseguíssemos despertar a nossa sociedade para isso, nós já teríamos dado também uma grande contribuição. E eu espero que essa contribuição nós como Igreja possamos dar na COP de Belém “, concluiu o arcebispo de Manaus(AM), Cardeal Leonardo Steiner.