No Brasil, essa é a semana da Alfabetização, a data busca sensibilizar a sociedade sobre os desafios enfrentados, e trazer a importância de ser alfabetizado no desenvolvimento da autonomia para leitura, interpretação, leitura de mundo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, em 2024 o Brasil tinha mais de 9 milhões de pessoas não alfabetizadas, a pesquisa revela que os principais motivos estão associados a idade e a raça.
Reportagem de Nathália Cassiano e Gilberto Pereira
A alfabetização possibilita leitura, escrita e autonomia. Júlia e Maria Luíza são alunas de um colégio na zona sul da capital paulista e falam sobre a rotina escolar. “A gente chega, depois a gente tem duas aulas. É, a gente aprende a ler e escrever”, contou de 7 anos, Julia Meirelles Viana.
“Aí hoje como é sexta-feira, vai ter ensino, depois do lanche é ensino religioso, aí a gente vai ter a língua portuguesa”, falou de 7 anos, Maria Luiza Alves Rezende.
A professora identifica os níveis de compreensão de cada aluno nessa fase e desenvolve métodos de leitura e interpretação. Ela destaca o papel da letra cursiva ou escrita à mão. “Ela é uma escrita poética, ela é bem trabalhada, a caligrafia, então várias áreas do cérebro são ativadas, motor, visual, cognitivo, então favorece a atenção, a memória e aí ela consegue ter uma aprendizagem mais profunda e duradora”, explicou a professora, Larissa Batelli.
O Brasil enfrenta ainda muitos desafios na alfabetização. De acordo com IBGE, o analfabetismo diminuiu em todas as faixas etárias. Com 40 anos ou mais caiu 9%. 25 anos ou mais 6,3% e com 15 anos ou mais diminuiu mais de 5%.
“Eu acho que nunca vamos abrir mão completamente da escrita. Quando a criança tem condições de desenvolver essas habilidades de decodificar, um código linguístico, abre um um leque de possibilidades de comunicação, de autoestima, de inclusão”, analisou a psicopedagoga, Marcia Affonso.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, IBGE, em 2024, o Brasil tinha mais de 9 milhões de pessoas não alfabetizadas. A pesquisa revela que os principais motivos estão associados à idade e à raça. “Isso mostra que as políticas elas têm que ser voltadas para atender esse público mais idoso. Tem que ter um programa específico para que atraia essa população e dê a oportunidade a elas de entrarem num mundo diferente”, completou o analista de dados do IBGE, William Kratochwill.