Encontro de adolescentes ligados à Pastoral do Menor acontece neste fim de semana e irá planejar ações da Política de Proteção Integral de Crianças e Adolescentes
Pamen Nacional
Provenientes de todas as regiões do Brasil, adolescentes protagonistas da Pastoral do Menor Nacional participam neste fim de semana (29 de novembro a 1º de dezembro) do Encontro Nacional da Escola de Cidadania Dom Luciano Mendes de Almeida.
O evento, que tem como tema “Política de Proteção Integral de Crianças e Adolescentes (PPI) – Direitos, Cidadania e Protagonismo para fazer a diferença”, reúne também em Belo Horizonte (BH) coordenadores e educadores da Pastoral do Menor.
No encontro, a Pastoral do Menor Nacional (Pamen Nacional), organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a Pastoral do Menor Regional Leste 2, trabalhará o planejamento de implantação da Política de Proteção Integral à Criança e ao Adolescente (PPI) nas mais diversas regiões do Brasil.
A PPI reúne uma série de publicações impressas e em vídeo de promoção, garantia e defesa dos direitos de crianças e adolescente, com apoio do Escritório Modelo da PUC-SP e das entidades católicas Ação Episcopal Adveniat e Miserior Ação Justa Global.
O protagonismo e a Escola de Cidadania
O Projeto Escola da Cidadania foi criado e é realizado pela Pastoral do Menor, desde 2005, com o objetivo principal de formar adolescentes com análise crítica do contexto em que vivem e com capacidade de interferir na realidade dos territórios onde vivem. Junto disso, serem agentes formadores de outros (as) adolescentes para o exercício da cidadania com atuação sociopolítica engajada e transformadora.
Para o pedagogo Antônio Carlos Gomes da Costa, o protagonismo é a “atuação do jovem, individualmente ou em grupo, na solução de problemas reais na escola, na comunidade ou na vida social mais ampla, atuando com seus educadores ou de modo autônomo”.
O protagonismo é um convite à ação que pode se iniciar na rua ou no bairro onde mora e se ampliar para outros locais, como grêmios, associações, grupos, voluntários, sindicatos, movimentos estudantis, partidos políticos etc., influenciando, nesses espaços, questões de ordem sociopolíticas – ambientais, econômicas, culturais etc.
Quem é a Pastoral do Menor Nacional
Organismo da CNBB , a Pastoral do Menor Nacional tem a missão de “promover e defender a vida de crianças e adolescentes empobrecidos e em situação de risco pessoal e/ou social desrespeitados em seus direitos fundamentais”.
A Pastoral surge pelo protagonismo, em plena ditadura militar, de um grupo de agentes das comunidades eclesiais de base de São Paulo, impulsionados pela Irmã Maria do Rosário e Ruth Pistore e, com apoio incondicional do arcebispo Dom Luciano Mendes de Almeida, iniciou as primeiras atividades de acompanhamento adolescentes vítimas das diversas formas de violências da sociedade daquela época.
Em 1987, a Campanha da Fraternidade tem como tema “Quem acolhe um menor a mim acolhe” (Mc) afirma para a Igreja Católica, a necessidade evangélica e pastoral para o serviço em favor da vida de meninos e meninas. Esse anúncio continua até hoje. A Pastoral do Menor Nacional é um grito de serviço em favor da vida de crianças e adolescentes por todo o Brasil. Principalmente, as (os) mais vulneráveis e violentados em sua dignidade humana.