Diocese de Palmeira dos Índios estava vacante; em Corumbá, Francisco aceitou renúncia de Dom Segismundo Martinez Alvarez
Da redação, com CNBB
O Papa Francisco nomeou dois novos bispos para o Brasil: para as dioceses de Palmeira dos Índios (AL) e de Corumbá (MS). Ambas as nomeações foram anunciadas pela santa Sé nesta quarta-feira, 19.
Para Palmeira dos Índios, diocese que estava vacante, foi nomeado o padre Manoel de Oliveira Soares Filho, atualmente pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida em Dom Eliseu (PA).
Já em Corumbá, Francisco aceitou o pedido de renúncia apresentado por Dom Segismundo Martinez Alvarez e nomeou como novo bispo padre João Aparecido Bergamasco, atualmente vigário na paróquia Nossa Senhora de Fátima em Fátima do Sul (MS), diocese de Dourados.
Conheça um breve histórico da vida dos dois novos bispos:
Padre João Aparecido Bergamasco
Padre João nasceu em 15 de maio de 1967, em Marabá município de Tuneiras D’Oeste (PR). Ele é padre religioso da Sociedade do Apostolado Católico (Palotino) e atualmente é vigário na paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Fátima do Sul (MS).
Estudou Filosofia e Teologia no Instituto de Filosofia e Teologia Santa Maria, em Santa Maria (RS). Padre Manoel fez o curso de Formador para a Vida Religiosa e Consagrada no Instituto São Tomás de Aquino, de Belo Horizonte (MG), de 2009 a 2010.
Após sua ordenação, foi enviado em missão ao Estado de Rondônia onde trabalhou como vigário geral, de 1994 a 1995, na paróquia São Francisco de Assis, em Ariquemes. Foi o idealizador do Santuário Diocesano de Santo Antônio, em Iporã. Também integrou o Conselho Presbiteral. Em Cerejeiras (RO) onde permaneceu até o final de 1998, foi diretor da Rádio Comunitária FM, assessor da Pastoral da Juventude da área episcopal. Em 2001, assumiu como reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima em Manaus (AM). Foi reitor do seminário São Vicente Palltti em Palotina (PR) até o fim de 2010. Em 2011 assumiu a missão de ser diretor financeiro da gráfica e editora Pallotti, em Porto Alegre (RS). Em 2012, voltou a Manaus (AM) onde exerceu vários serviços.
Padre Manoel de Oliveira Soares Filho
Padre Manoel nasceu em 26 de setembro de 1965, em Domingos do Campim (PA). O seu ingresso para a vida religiosa se deu no seminário menor Santo Alexandre Saulli, em 20/02/1983. Cursou Filosofia no seminário arquidiocesano São Pio X e Teologia no Instituto Pastoral Regional, ambos em Belém (PA). Também formou-se em Ciências da Religião pela Universidade Vale do Acaraú, em 2003, e em Sociologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em 2008. Possui pós-graduação em Desenvolvimento Urbano, Políticas Públicas e Ordenamento Territorial também pela UFPA.
Em 28/06/1992, ordenou-se diácono na paróquia Nossa Senhora Aparecida em Rondo do Pará (PA). Ordenou-se padre em 26/09/1993, em São Domingo do Capim (PA). Foi vigário nas paróquias Santa Luzia do Pará, em cidade homônima, Nossa Senhora da Conceição, em Ourém (PA), Sagrado Coração de Jesus, em Bragança (PA), Nossa Senhora da Piedade, Irituia (PA) e Nossa Senhora Aparecida, Dom Eliseu (PA). Exerceu as funções de Coordenador Diocesano de Pastoral, de 1996 a 2001. Desde 2000, é membro do Conselho Presbiteral. Também é vigário-geral.
Saudação da CNBB aos novos bispos
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifestou alegria com a nomeação dos novos bispos para as dioceses de Palmeira dos Índios (AL) e Corumbá (MS). Dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar de Brasília e Secretário-Geral da CNBB, saudou, em nome da Conferência, o agora Dom João Aparecido: “Observamos que a sua vasta experiência direta na pastoral tanto na coordenação diocesana como nas comunidades paroquiais como também nos trabalhos de formação e de comunicação em sua congregação religiosa dão sinais de uma preparação sólida para o ministério episcopal”.
Sobre Dom Manoel de Oliveira, Dom Leonardo Ulrich escreveu em nome da CNBB: “Saudamos sua nomeação com as palavras do Papa Francisco dirigidas aos bispos do Brasil, em 2013, quando ele nos visitou por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro: ‘Queridos irmãos, o resultado do trabalho pastoral não assenta na riqueza dos recursos, mas na criatividade do amor. Fazem falta certamente a tenacidade, a fadiga, o trabalho, o planejamento, a organização, mas, antes de tudo, você deve saber que a força da Igreja não reside nela própria, mas se esconde nas águas profundas de Deus, nas quais ela é chamada a lançar as redes’”.
Gratidão da CNBB a Dom Segismundo Martinez
A CNBB manifestou também sua gratidão a Dom Segismundo Martinez, bispo emérito de Corumbá (MS): “Reconhecemos, com alegria, que os seus 13 anos de pastoreio foram marcados por realizações importantes para a caminhada do Povo de Deus nesta centenária Igreja Particular que é a primeira diocese do estado do Mato Grosso do Sul”, escreveu o secretário-geral da CNBB.
O texto de agradecimento prossegue citando as palavras do Papa Francisco, pronunciadas durante homilia na Casa Santa Marta em maio de 2017: “Para saudar o início de sua emeritude: ‘o pastor despede-se e conserva no coração a paz de saber que não governou a Igreja com acomodações. Não recuou […] Sempre de coração aberto à voz de Deus: deixo isto, verei o que o Senhor me pede. E aquele pastor sem acomodações agora é um pastor a caminho. Porque não se apropriou do rebanho’”.