Nikos Anastasiades, presidente do Chipre, foi recebido pelo Papa Francisco neste sábado, 15
Da redação, com Rádio Vaticano
O Santo Padre iniciou sua série de audiências, na manhã deste sábado, 14, recebendo, no Vaticano, o Presidente do Chipre, Nikos Anastasiades, acompanhado de sua esposa e de uma comitiva presidencial.
Em uma entrevista, concedida ao jornal vaticano, L’Osservatore Romano, o Presidente do Chipre ressaltou que seu país foi abençoado por uma forte herança cristã, que remonta aos apóstolos Paulo e Barnabé. Ao mesmo tempo, Nikos afirmou que Chipre sempre foi um farol de coexistência pacífica entre as diversas religiões: o cristianismo e o islamismo sempre viveram, um ao lado do outro, durante séculos, até 1974, quando a ilha grega passou por uma divisão étnica e religiosa.
Segundo o presidente, o pequeno estado, berço de religiões e culturas, pretende novamente ser refúgio e modelo de coexistência pacífica das religiões monoteístas.
Neste sentido, o Presidente de Chipre destaca as preocupações do Papa sobre o futuro dos cristãos no Oriente Médio: proteger os direitos das minorias religiosas, inclusive o cristianismo, é essencial para salvaguardar o princípio fundamental dos direitos humanos; promover os direitos religiosos significa edificar a paz naquela área instável e tumultuosa do Mediterrâneo, de modo especial no vizinho país da Síria, mas, sobretudo, a reunificação pacífica da nossa amada ilha.
Por fim, o Presidente cipriota afirma compartilhar das muitas prioridades políticas da Santa Sé, como a proteção dos direitos humanos e religiosos, a luta contra o tráfico de seres humanos e a necessidade de resolver o problema da migração. “Sabemos que tudo isso é causado pela grave crise econômica global, que repercute, de modo particular, em toda a Europa”, afirmou.