Na cidade de Caçador, em Santa Catarina, padre Evaldo Martiol, 33 anos, foi assassinado por um jovem de 21 e um adolescente de 15, neste sábado, 26. Ambos, tio e sobrinho.
O sacerdote foi vítima de latrocínio, roubo seguido de morte. Após sair de uma após, foi para a residência da mãe de outro padre. Quando retoanava para casa, pediram carona e o renderam no caminho. Ele foi levado a uma distância de 5 km fora da zona urbana de Caçador, onde quatro tiros foram disparados contra o sacerdote, que morreu na hora.
No dia seguinte, depois da denúncia de outra vítima que foi assaltada pelos mesmos bandidos, a polícia identificou os criminosos, que levaram o carro, celular e documentos do padre. Os dois confessaram o crime e indicaram à polícia onde estava o corpo da vítima.
O velório aconteceu ontem, na Catedral de Caçador, onde o sacerdote atuava. Segundo o Bispo Diocesano de Caçador, Dom Luiz Carlos Eccel, em sua ordenação episcopal não estiveram presentes tantas pessoas como no velório de padre Everaldo. “A catedral estava lotada, as pessoas emocionadas porque o padre Everaldo era um filho querido que vivia de fazer amizades com todos. Seu modo de evangelizar era por meio da amizade”, afirmou, emocionado, o bispo.
Sobre os autores do crime, Dom Luiz afirma que a Igreja perdoa o ato deles e que o assassinato de padre Everaldo é entregue como martírio ao mundo inteiro, pelo Ano Sacerdotal.
Os documentos e o carro do religioso se encontram ainda sob a guarda da polícia para maiores investigações. Até agora, foi concluído que o jovem de 21 anos disparou três tiros e o adolescente efetuou o último.
Natural do município catarinense de Timbó Grande, padre Evaldo Martiol foi ordenado sacerdote em 26 de abril de 2003. Ele trabalhou na paróquia de Friburgo, Salto Veloso e, por fim, na Catedral, Paróquia São Francisco de Assis de Caçador.
Há pouco mais de três meses, outros dois sacerdotes foram assassinados. O primeiro deles foi o assessor nacional do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Gisley Gomes Azevedo, 31, assassinado por um grupo de jovens na noite do dia 15 de junho, em Brazlândia, cidade satélite de Brasília.
Em Manaus (AM), o padre italiano Ruggero Ruvoletto, 52, foi assassinado no último dia 19, com um tiro na cabeça. Ele foi encontrado no seu quarto, depois que outros padres que moravam com ele ouviram o disparo, pela manhã, por volta das 7h.
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