A Operação Navalha, que desarticulou uma quadrilha de fraudes em licitações e obras públicas, mostra um "fato novo", segundo o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage. A investigação pedida pelo Ministério Público Federal e executada pela Polícia Federal e Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve o mérito de chegar aos comandantes da corrupção – no caso os administradores da construtora Gautama. Segundo Hage, isso é resultado da cooperação dos órgãos de controle e da Polícia Federal.
"O fato novo é que foi identificado o nome e sobrenome das pessoas envolvidas, cúpula do esquema. Há inúmeras outras empresas que fazem a mesma coisa. Espero que isso tenha um efeito de mudar as coisas", disse o ministro em entrevista aos jornalistas hoje (12). Hage espera que a Operação Navalha permanceça na memória das pessoas para poder mudar a "cultura da impunidade" no país em relação à corrupção envolvendo recursos públicos.
O ministro participou da entrevista coletiva sobre o Seminário Brasil-Europa de Prevenção da Corrupção, que começa amanhã (13) e segue até sexta-feira (15). O evento é uma parceria da CGU, do Ministério do Planejamento, da Comissão Européia, e da Escola Nacional de Administração Pública (Enap).