A mostra: Design e Cotidiano na Coleção Azevedo de Moura reúne dez núcleos temáticos e uma sala de vídeo. Enfatiza a beleza e o design das peças que foram criadas por imigrantes europeus. A exposição reúne 930 itens produzidos desde 1960. A coleção traz lembranças e elementos do dia a dia, conhecidos e usados pelos brasileiros.
Reportagem de Nathália Cassiano e Antonio Matos
Móveis, ferramentas, utensílios domésticos e fotografias fazem parte da exposição de design e cotidiano na coleção Azevedo de Moura. “Esses imigrantes, eles chegaram, eles eram trabalhadores rurais na Europa, mas aqueles longos invernos europeus eles se dedicavam ao artesanato, a fazer coisas. Então aqui a gente tem trabalhos de marceneiros, de ferreiros, de pedreiros, de alfaiates e assim por diante”, apontou a curadora da exposição, Adélia Borges.
A exposição reúne 930 itens produzidos desde 1960. Eles foram confeccionados por imigrantes europeus que vieram para o sul do Brasil em busca de melhores condições de vida.
A exposição é dividida em 10 núcleos temáticos, entre eles está em destaque ‘O céu que nos protege’, que apresenta a religiosidade católica presente nas famílias italianas. E ainda é possível tocar e sentir os detalhes de cada pintura. “Então são o Sagrado Coração de Jesus, a representação da Virgem Maria, são as impressões das imagens, as impressões bidimensionais e também a gente tem os pequenos oratórios que os imigrantes italianos faziam em suas casas”, explicou ela.
Os visitantes apreciam a beleza e reconhecem elementos que fazem parte de suas próprias histórias. “Por exemplo, dos ferros de passar, que mostra toda a evolução que ele passou de como era antigamente, até os dias de hoje”, disse a química, Melissa Albuquerque.
“É interessante ver as ferramentas antigas, como era feito antigamente”, falou o securitário, Márcio Lucena. “Eu gostei da parte dos móveis, como eram dos móveis antigos, como eram feitos, como as pessoas usavam eles. Achei muito legal essa parte”, comentou o estudante Adriano Lucena.
A exposição fica em cartaz até o dia 28 de setembro no Museu do Ipiranga, na zona sul da capital paulista, com entrada gratuita.