Comunidade de comunidades

O que fazer para que a Igreja seja uma comunidade viva e dinâmica?

Fundada pelo próprio Cristo, a Igreja tem trabalhado ao longo de toda a sua existência para levar aos fiéis a mensagem do Evangelho. Mas essa tarefa não se realiza de forma distante, como se a Igreja fosse uma instituição separada dos fiéis. Os planos para a ação evangelizadora no Brasil colocam como uma das urgências o fato de que a Igreja é uma comunidade de comunidades.
 
Padre Carlos Alberto Victal, da Comunidade Canção Nova, explicou que para que se consiga uma comunidade viva e dinâmica, é necessária a participação do leigo em espírito de comunhão e vida fraterna, com disposição para amar. "O ponto forte é o amor. A partir do amor, a convivência, a compreensão, o saber o limite de cada um, ou seja, essa convivência vai fazendo com que a vida fraterna vá acontecendo na vida comunitária".

Em cada comunidade local, a Igreja tem feito seus trabalhos através dos planos de evangelização, que incluem os planos diocesanos, realizados nas paróquias. Isso foi o que informou o assessor da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Inter-Eclesial da arquidiocese de Aparecida, padre Matusalém Gonçalves dos Santos. Segundo o padre, com isso a Igreja mostra que ela não é distante, mas acontece no dia a dia da pessoa.
 
Padre Matusalém destacou que esses planos de pastoral devem ser abrangentes à vida diocesana, porque mesmo sendo formada por várias comunidades diferentes, é necessário que haja unidade na Igreja. "Cada um deve respeitar a realidade do outro, fazer a sua parte e levar cada vez mais o amor de Deus para as pessoas. Então assim vai se fazendo a comunhão de fiéis que participam, que amam a sua Igreja e a sua religião".

Mas para que cada um possa sentir-se realmente parte integrante da Igreja, padre Matusalém lembrou a necessidade de participação. "O documento de Aparecida nos lembra que nós precisamos sair de nós mesmos para ir ao encontro do outro, porque se nós não formos até onde ele está para levar o Evangelho e ele não for procurar, então ele ficará alheio à pregação da Palavra. A nossa obrigação como Igreja é ir ao encontro do outro, levando a Palavra de Deus", disse.

Da mesma forma, padre Carlos destacou o papel fundamental desenvolvido pelos leigos que, segundo ele, é quem realmente faz as coisas acontecerem na Igreja. Ele destacou que a principal participação do leigo é a sua colaboração, primeiramente porque ele é consagrado a partir da graça do Batismo.

"Depois, a graça do meu Crisma, que me faz um 'soldado' de Deus. Soldado é aquele que se põe em luta, que trabalha, que investe a sua vida para fazer acontecer o trabalho pastoral na catequese, na liturgia, nos grupos de jovens, na Pastoral da Criança, enfim, em todas as pastorais dentro da Igreja no qual o papel fundamental é o do leigo".

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