15 DE OUTUBRO

"O professor transforma o mundo", afirma educadora

Professores partilham descoberta da vocação e experiências em sala de aula, destacando importância da profissão comemorada nesta terça-feira

Fernanda Lima,
Da Redação

Ioná com seus alunos / Foto: Arquivo Pessoal

O Dia do Professor é comemorado nesta terça-feira, 15. A data tem o objetivo de lembrar a importância desta profissão e homenageá-la pela missão que exerce, marcante para todos os que passaram pelas salas de aula.

Ioná Piva Rangel, jornalista e professora / Foto: Arquivo Pessoal

Ioná Piva Rangel é jornalista e professora universitária. Contudo, lecionar nunca foi sua primeira opção. “Relutei bastante para atuar nessa área. Venho de uma família de professores e sempre bebi muito dessa fonte, mas ainda assim, sempre achei que trilharia um caminho diferente”, comentou.

A profissional da educação relatou como foi o processo de se descobrir como professora. “Após o término da faculdade, fiz a especialização e um professor que sabia disso me fez um convite: ‘Você não quer fazer uma experiência em sala de aula? Você sempre foi uma aluna muito esforçada, dedicada e certamente será uma boa professora!’”, partilhou.

Para Ioná todos os desafios sempre foram bem-vindos em sua vida e este não seria diferente. Aceitou o convite que lhe ajudou a descobrir-se e no magistério. “Logo fui gostando e me encontrei nesse ofício que eu tanto relutei. Esse não era o meu sonho, mas a gente sabe que os planos de Deus são maiores que os nossos. Foi um caminho muito frutuoso”, enfatizou.

A professora reforçou que uma das suas principais motivações para exercer tal profissão acontece dentro da sala de aula. “O principal motivo que me levou a ser professora é conseguir ver o retorno imediato do próprio aluno. É possível acompanhar seu crescimento. Isso para mim é muito valioso”, afirmou.  

Ioná em sala de aula com seus alunos / Foto: Arquivo Pessoal

Referências e desafios

Ioná ressaltou sobre suas principais referências no processo de descoberta na profissão. “Me espelho muito em minhas tias, minha mãe e na minha avó. Foram professoras muito dedicadas. Me inspiro principalmente nos professores que tive. Me recordo bem da humanidade desses profissionais que foram além da sala de aula. Percebi a luta que eles viviam para exercer esse ofício”, destacou.

A professora também partilhou sobre seus desafios e realizações dentro dessa atuação. “Para mim o maior desafio hoje é conseguir a total atenção do aluno. Com o excesso de informação que vivemos é desafiante trazer o aluno para o foco da atividade em sala de aula. A minha maior realização é quando recebo uma mensagem carinhosa de um aluno dizendo: ‘Professora obrigada por tudo que aprendi em suas aulas! Obrigada por tudo que você representa em minha vida!’. Isso é muito gratificante. Saber que aquela sementinha que foi regada agora está dando frutos no mundo é a minha maior realização!”, salientou.

A gratidão pelos professores que teve em sua vida também foi citada. “Sou muito grata aos meus professores por tudo que conquistei em minha vida. Espero que todos em algum momento da vida tenham professores marcantes. Acredito que o professor transforma o mundo”, concluiu. 

Natan Fonseca / Foto: Arquivo Pessoal

“Sempre desejei ser professor”

Natan de Almeida Fonseca destacou que ser professor sempre foi o seu sonho. “Eu tinha 13 anos quando estudava no Instituto Canção Nova e um professor chamado Sinésio Gurgel me inspirou. Durante a aula ele começou a falar que a matemática é o alfabeto que Deus usou para construir o mundo. Isso me marcou muito. Sendo filho de missionários cresci com uma mentalidade cristã. Sempre achei que a matemática e a fé eram incompatíveis. Ao ouvir aquilo do professor fiquei encantado. Nesse momento desejei ser professor”, expressou.

Um pouco antes da pandemia o professor que Natan tanto admirava veio a falecer. Ele relatou como foi esse momento e o que isso representou em sua carreira. “Me recordo que no velório toquei nas mãos dele e fiz a seguinte a oração: ‘Tocando nessas mãos que tanto me ensinaram, que Deus me dê a graça de fazer o que ele fez por mim, poder fazer para outras pessoas”, recordou.

O jovem comentou que sempre teve uma inclinação aos estudos. “Sempre gostei muito de estudar. Minha mãe conta que eu não almoçava antes de terminar minhas atividades. Na adolescência isso só aumentou porque sempre tive gosto pela leitura. Gosto ler sobre a história da Igreja, cultura clássica, educação e tudo que envolve esse universo do professor”, destacou.

Natan acredita que ser professor é uma verdadeira vocação e descreve como exerce essa missão. “Os alunos são almas que preciso alcançar levando a verdade. Conduzo para Deus por meio das aulas de geometria. Procuro viver o que o Padre Jonas Abib sempre nos ensinou sobre começar pelo positivo. Vejo que essa é a mãe de todas as profissões!”, exprimiu.

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