A opção pelo método natural de planejamento familiar se deu já no noivado. Ela falava para o noivo que assim desejava e, a partir de então, os dois foram em busca de orientações, fizeram o curso básico sobre o Método de Ovulação Billings (MOB) e, depois, casaram. Hoje, o resultado é um matrimônio que completa 25 anos no mês de dezembro, com dois filhos e ambos afirmam sobre o método: “Antes de tudo, é uma filosofia de vida, uma opção de vida consciente do casal”.
Esta é um pouco da história da professora de geografia, Rozeli Ana Oriana Kricky, e do técnico em eletrotécnica, Hélcio Miguel Kricky, que também são instrutores do Centro de Planejamento Natural da Família (Cenplafam), em Curitiba (PR). O casal relata ainda que apesar da discordância do médico de Rozeli assim que tiveram a primeira filha, eles permaneceram convictos em continuar com o método natural e ressaltam como contribuiu para a união do casal.
Hélcio e Rozeli são um dos participantes do I Congresso Nacional de Planejamento Natural da Família, que começa hoje inicia em Curitiba, às 18h30, com encerramento no domingo, 18. O casal atesta a eficácia do método e ressalta que, sem a participação do homem, há uma grande dificuldade para a observação da mulher.
O presidente do Cenplafam de Curitiba, Dr. Agostinho Bertoldi, enfatiza que o método é do casal e não só da mulher. “Para que o método tenha realmente eficácia, deve ser do casal. Se o marido se nega a participar, a compreender e a entrar na descoberta do ciclo dos períodos férteis e inférteis, então fica muito difícil”.
Rozeli conta como foi de grande importância o casal recorrer ao Cenplafam pois, no início do casamento, ainda estava aprendendo como se observar, até atingir um auto-conhecimento mais seguro. “Somos muito agradecidos ao Cenplafam porque eles nos deram segurança, além de aprofundamento do conteúdo”, declara a professora de geografia.
Atualmente, como instrutores, o casal relata que, além de dar o seu testemunho, transmite o fundamento científico do método. Conforme explica Dr. Agostinho, o MOB é cientificamente estruturado e com eficácia segura: “Não é um método da Igreja, porque ele não surgiu no seio da Igreja, mas no seio da comunidade cientifica”.
Entre os realizadores do I Congresso de Planejamento Familiar está a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, o presidente da Comissão, Dom Orlando Brandes, diz que um dos objetivos do evento é ouvir médicos, testemunhos de casais e pessoas que trabalham no Cenplafam para que, dentro da ciência e da vivência destas pessoas, sejam conhecidos os métodos naturais.
“No contexto atual, muitos governos, ONGs e até a própria ONU distribuem muito dinheiro para o controle da natalidade e, impoem, portanto, métodos artificiais. E estamos descobrindo pela medicina, pelo testemunho de casais e pela educação para o amor, que os método naturais são possíveis e seguros”, ressalta Dom Orlando.
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