Um dos pontos que tem causado polêmica na aprovação do Acordo entre o Brasil e a Santa Sé no Congresso Federal é a questão do ensino religioso nas escolas públicas. Uma realidade já vivida em muitas escolas, com resultados que refletem por toda a vida.
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O Acordo entre Brasil e Santa Sé estabelece o ensino religioso, católico e de outras confissões, nas escolas públicas de ensino fundamental de todo o país, com matrícula facultativa.
A medida tem gerado polêmica no Congresso Nacional, mas a Igreja esclarece que o ensino religioso nas escolas não privilegia a Igreja Católica.
"O ensino religioso e, particularmente, no que diz respeito ao ensino católico, forma as consciências, sem dúvida alguma, para os valores humanos-cristãos, no sentido do amor a Deus e do amor ao próximo. E de consequência, da busca da ética, da fraternidade, da solidariedade, do bem comum", explica o secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa.
Em uma escola de Brasília, os alunos desde pequenos tem contato com o ensino religioso.
"Eu aprendo a conviver com outras pessoas, a respeitar a todos, a não brigar e a fazer novas amizades", conta Brenda de Souza, de 8 anos.
Jéssica Rodrigues Nascimento, de 12 anos, também conta sua experiência. "Aprendo a amar uns aos outros, mesmo sendo de outra raça, de outra religião e não ter preconceitos".
Para a coordenadora de pastoral, Dircinha Batista de Farias, todos deveriam seguir a iniciativa. "Eu acho que toda escola deve ter isso como proposta, como meta: formar a pessoa, pra família, pro trabalho, formar a pessoa pra convivência".
O Acordo entre Brasil e Santa Sé já foi aprovado na Câmara dos Deputados e será discutido agora no Senado Federal.
"Que o Espírito Santo ilumine as mentes, os corações, agora dos nossos senadores, para que eles possam, de fato, decidir de acordo com a verdade que o próprio Acordo Brasil/Santa Sé quer ser, ou seja, sem preconceitos ideológicos, sem preconceitos, inclusive, de cunho religioso", pede Dom Dimas.
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