O número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres está crescendo. Entre 1997 e 2007, esse tipo de administração familiar aumentou de pouco mais de 600 mil para quase 3,3 milhões em 10 anos. Segundo a coordenadora da área de Igualdade de Gênero do Ipea, Natália Fontoura, "em 1997, entre as famílias formadas por casais com filhos – que correspondiam a 57,5% do total de famílias brasileiras – somente 2,4% eram chefiadas por mulheres. Em 2007, esta proporção sobe para 11,2%".
Apesar do aumento do número de mulheres chefes de família, Fontoura explica que o tempo que as mulheres dedicam aos afazeres domésticos é significativamente maior do que aquele dedicado pelos homens, independentemente da condição na família (chefe ou cônjuge), da escolaridade, da renda ou da condição de ocupação (ocupado, desocupado ou inativo). "Os dados do IBGE revelam que, em 2007, 50,5% dos homens ocupados responderam que cuidavam de afazeres domésticos, contrapostos a 89,6% das mulheres ocupadas", ressaltou a pesquisadora.
O Ipea lançou hoje, 7, o terceiro volume da série "Pnad – 2007: Primeiras análises". Além de gênero, o tema demografia também foi tratado.
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