Todo mundo sabe que a Igreja considera o sacramento do matrimônio como indissolúvel. O que pouca gente sabe é que muitos matrimônios podem simplesmente nunca terem existido. Mesmo que o casal tenha formado uma família. São os casos em que a Igreja declara um matrimônio como nulo.
São situações em que as pessoas se casam por pressão ou medo, por exemplo. Nestas horas, os tribunais eclesiásticos auxiliam muitos casais a descobrirem se o casamento foi realmente válido.
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O que Deus uniu, o homem não separa. Mas por ano, cerca de 580 mil pessoas rompem o casamento por meio de separação ou divórcio.
Crise que a Igreja aponta como causa a mudança de comportamento social. Foi pensando neste assunto que Irmã Maria Nilsa de Almeida escreveu um livro que aborda o tratamento da Igreja católica quanto a declaração da nulidade do matrimônio.
Dom Hugo Cavalcante é presidente da Sociedade Brasileira dos Canonistas, orgão composto na maioria por Juizes dos tribunais eclesiais da Igreja Católica no Brasil. Ele explica que o catolicismo se preocupa em se atualizar para atender melhor a necessidade dos fiéis.
O primeiro casamento de Rosimary durou um ano e meio. Os pais forçaram o matrimônio por ela ter perdido a virgindade ainda solteira.
Depois de separada ela conheceu Cláudio, com quem teve Pedro. Mas o casal ainda não se preocupava em seguir as normas da Igreja. Depois de uma experiência religiosa, souberam que era possível questionar a validade do casamento dela. A partir daí foram seis anos de espera.
O matrimônio é um sacramento da Igreja católica e é indissolúvel. Somente poderá ser considerado nulo se os tribunais eclesiásticos considerarem fatos que ocorreram antes, e não depois do casamento.
Rosemari e Cláudio hoje vivem uma relação estável e feliz. Em paz com a Igreja e com a consciência.
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