Lançamento acontecerá em Salvador e no Rio de Janeiro; Manuscritos convidam público a um profundo mergulho na memória da primeira santa do Brasil
Da redação, com Obras Sociais Irmã Dulce
Uma coleção de 59 correspondências (quase todas inéditas) de Santa Dulce dos Pobres será publicada no livro “Cartas de Santa Dulce – a face humana em todos nós” (192 páginas) em Salvador, no dia 5 de setembro; e no Rio de Janeiro, no dia 26 de setembro. A obra, que reúne manuscritos da religiosa datados entre 1930 e 1980, convida o público a um inédito e profundo mergulho na memória da baiana que se tornou a primeira santa do Brasil. Os textos revelam toda a humanidade, incluindo momentos de angústia, fé, dor e alegria de Santa Dulce.
Com 100% de sua comercialização revertida para a obra social fundada por Irmã Dulce, as Obras Sociais Irmã Dulce, o livro será lançado em Salvador, às 18h, no Espaço Coworking, no Shopping Barra (L4 Leste). Já no Rio de Janeiro, ele vai acontecer às 19h, no Instituto Superior de Educação Pró-Saber (Largo dos Leões, 70, Humaitá), quando também será realizada uma mesa-redonda. Em ambas as ocasiões, Maria Rita, que integra o conselho editorial da publicação, irá autografar os exemplares. Durante as duas noites, o livro estará disponível por um valor promocional de R$75. Posteriormente, a publicação estará à venda na Loja Irmã Dulce (Av. Dendezeiros do Bonfim, 161, Largo de Roma) na capital baiana, e na loja virtual (loja.irmadulce.org.br).
Organização da obra
“Cartas de Santa Dulce: a face humana em todos nós” foi organizada por um conselho editorial que, ao longo de dois anos, se dedicou à pesquisa e seleção dos manuscritos. A equipe também garimpou, junto ao acervo do Memorial Irmã Dulce (MID), postais e fotos da intimidade de Santa Dulce, entre outros documentos até então inéditos.
O diversificado grupo contou com a participação, além da superintendente da OSID, da jornalista Luciana Savaget e do designer Gilberto Strunck. Participaram também da imersão os museólogos das Obras Sociais, Osvaldo Gouveia, Carla Silva e Marcela Avendaño; a missionária Irmã Maiara Santos; e o gestor do Complexo Santuário Santa Dulce dos Pobres, Márcio Didier.
O livro
Em cada carta redigida em letras miúdas e caligrafia harmoniosa, o leitor, no papel de “destinatário”, se encontra com a remetente e, página a página, vai reunindo os recortes de textos que testemunham a vida da mulher que viveu a caridade através de grandes gestos e das pequenas atitudes do dia a dia. Em um desses atos simples, está um bilhete de duas linhas – “Estes 2 rapazes pedem um transporte grátis até o Rio” –, escrito em 21 de julho de 1967, que ajudou dois jovens que passavam por dificuldades em Salvador a voltarem para casa. Um dos moços, na época com 19 anos, era o escritor Paulo Coelho, hoje um benfeitor da OSID.
“O leitor vai compartilhar as angústias, as alegrias e a fé de Santa Dulce dos Pobres. É como se estivéssemos ao lado dela no instante em que escrevia cada palavra. Neste livro, ela é a mãe das milhares de crianças acolhidas, é a religiosa, é a irmã de Dulcinha, a tia de Maria Rita. É um ser plural”, pontua o museólogo Gouveia.
A jornalista Luciana conta que a imersão nos manuscritos de Dulce foi algo extremamente emocionante, em especial, quando foi descobrindo as particularidades da pessoa por trás da religiosa: “Desse universo das cartas emergem histórias pitorescas e o lado mais humano de Santa Dulce”. Para o designer Strunck, “este é um projeto especial desde a sua gestação, fruto do trabalho de um grupo de pessoas que viveu o processo intensamente e com toda a sensibilidade”.