O Dia Mundial do AVC reforça a importância da prevenção. Em 2024, mais de 85 mil brasileiros morreram pela doença. Tratar a hipertensão e visitar o médico regularmente são medidas que fazem a diferença.
Reportagem de Aline Imercio e Antonio Matos
As fotos mostram Claudemar em processo de reabilitação. Aos 49 anos, ele sofreu um AVC enquanto trabalhava, um episódio que lhe deixou sequelas. “Mas eu me esforço muito, muito, muito mesmo. Tomar 23 comprimidos dia sim, dia não, de 13 medicações diferentes”, contou o aposentado, Claudemar do Nascimento Reais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 15 milhões de pessoas sofrem AVC a cada ano. “Tem dois tipos de AVCs, o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico e o Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico. O isquêmico é quando, por alguma circunstância, uma determinada área do cérebro deixa de receber oxigênio, nutrientes e morre. Ou a pressão muito alta ou por um aneurisma arrebentar uma artéria dessa e causar uma hemorragia cerebral”, explicou o assessor científico da Socesp, Carlos Alberto Machado.
Os casos de AVC podem acontecer em qualquer idade, mas a prevalência está concentrada nos idosos e os sintomas podem aparecer de forma repentina. Por isso, é importante estar atento aos sinais de risco e realizar exames preventivos.
“Então, às vezes a pessoa tá conversando com você e começa a ter dificuldade de articular a palavra, um desvio da rima bucal, quer dizer, vira, entorta a boca, dificuldade de movimentação. Esses sinais faz com que a pessoa deve procurar o hospital o mais rápido possível e intervir isso o mais rápido possível”, analisou o assessor.
Uma das grandes causas do AVC é a pressão alta. “80% dos AVCs poderiam ser prevenidos se fosse feito diagnóstico precoce ou tratamento adequado da hipertensão”.
Quando recebeu o diagnóstico em 2021, Claudemar Mário ouviu a notícia que teria 3 meses de vida, mas se apegou à sua fé e encontrou forças para a reabilitação. “Hoje eu cuido das plantas, eu faço as coisas, eu vou à praia”, completou Claudemar.



