Festividades

Natal: lembranças da infância ajudam famílias a manter tradições

Lembranças da infância nas tradicionais festas de fim de ano são importantes para o indivíduo; tradições natalinas devem ser passadas entre gerações

Denise Claro
Da redação

As tradicionais festas de fim de ano costumam ser um momento de confraternização em família, momentos vividos que deixam muitas lembranças, principalmente da infância. Muitas pessoas, hoje adultas, se lembram com carinho e saudade das noites de Natal, repletas de união, tradições, afeto, e fazem questão de passar para os filhos e netos o que viveram, revivendo esses momentos em família.

Para a psicóloga Thatiane Azevedo, no sentido humano, as festas de fim de ano proporcionam uma troca importante:

“Troca de presentes, de sorrisos, e uma união maior entre as pessoas. Momento em que o indivíduo consegue pensar no outro, fazer o bem para o outro, conseguir se colocar no lugar do outro, e junto com isso vem a empatia.”

Thatiane ressalta que o fato de haver uma partilha ajuda a unir ainda mais a família, e que as lembranças da noite de Natal e das tradições familiares, o indivíduo vai levar por toda a vida:

“Cada família tem suas tradições, mas sempre é um momento que gera em todos os membros sentimentos bons, hormônios inclusive. Para que o indivíduo se desenvolva bem, ele precisa deste ambiente equilibrado, em que se sente acolhido, confortável. O contato com a família é muito importante nesse sentido. Quando as famílias se reúnem e cultivam tradições, geram memórias neste indivíduo, de doação de sorrisos, abraços, presentes. E é importante passar isso de geração em geração.”

Camilla Correia e sua filha./ Foto: Arquivo Pessoal.

A técnica em meteorologia Camilla Correia se recorda dos Natais da sua infância:

“As lembranças da noite de Natal eram as melhores possíveis. Eram sempre na casa da avó, vinham os primos e os tios, e às vezes meu tio se fantasiava de Papai Noel. Ganhávamos presentes, e as ceias eram fartas, com direito a cordeiro e porco assado. Busco passar o essencial para minha filha, que é o nascimento de Jesus, e que por causa de Jesus nos reunimos e vivemos este dia em família. Atualmente passamos o Natal na minha mãe, e continuam vindo os netos, sobrinhos, genro, nora. Antes do Natal, enfeitamos a casa juntos, e nos preparamos para este momento.”

A professora Lenita Vilela conta que o Natal sempre foi uma festa muito esperada por ela e pelos seus seis irmãos:

“Tinha uma expectativa muito grande porque era um dia diferente onde a gente vivenciava uma alegria diferente. Minha família sempre foi católica, então o Natal sempre teve um significado especial, realmente do nascimento de Jesus, e também de família portuguesa, então era um dia onde todo mundo se sentava à mesa para cear.”

Lenita, com a mãe, o esposo e o filho, na noite de Natal./ Foto: Arquivo Pessoal.

Lenita conta que, para ela, uma das coisas mais marcantes era a oração feita no momento da refeição, na noite de Natal, que ela faz questão de repetir ainda hoje:

“Essa parte religiosa sempre foi muito conduzida pela minha mãe, avó, pelas minhas tias. Meu pai também ia à Missa, mas ele não abria mão de no dia de Natal, conduzir a oração do Pai Nosso, e que todos nós agradecêssemos a Deus naquele momento, por ter nos dado Jesus, e por estarmos todos ali unidos. Essa é a lembrança mais forte que trago.”

Camilla finaliza dizendo que esta época do ano a deixa emocionada e feliz pelas memórias que traz:

“Sinto muita saudade de ver a casa cheia, com tios, avós (principalmente os avós que já não estão mais aqui). Sempre me emociona muito essa época do ano, até porque meu aniversário é dia 26 também. Sempre quero reunir meus irmãos e sobrinhos. E sou muito incentivadora em enfeitar a casa, ajudar a preparar a ceia… passa um filme na cabeça, sempre me lembro como era quando passávamos na casa dos meus avós quando eu era criança.”

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