Pesquisa divulgada pelo IBGE aponta que mesmo sendo maioria com ensino superior, mulheres ainda ganham menos que homens
Da redação, com Agência Brasil
De acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), intitulada “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, as mulheres”, as mulheres ainda ganham menos que os homens, mesmo estando em maior número entre as pessoas com ensino superior.
Em 2016, enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$2.306, o das mulheres era de R$ 1.764. Considerando-se o rendimento médio por hora trabalhada, ainda assim, as mulheres recebem menos do que os homens (86,7%). Isto que pode estar relacionado à segregação ocupacional a que as mulheres podem estar submetidas no mercado de trabalho. O diferencial de rendimentos é maior na categoria ensino superior completo ou mais, em que o rendimento das mulheres equivalia a 63,4% do que os homens recebiam, em 2016.
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Ainda sobre a diferença de escolaridade, as mulheres atingem em média um nível de instrução superior ao dos homens. A maior diferença percentual por sexo encontra-se no nível “Superior completo”, especialmente entre as pessoas da faixa etária mais jovem de 25 a 44 anos de idade, em que o percentual de homens que completou a graduação foi de 15,6%, enquanto o de mulheres atingiu 21,5%, indicador 37,9% superior ao dos homens.
Foi constado, porém, desigualdade entre as mulheres por cor ou raça. O percentual de mulheres brancas com ensino superior completo (23,5%) é 2,3 vezes maior do que o de mulheres pretas ou pardas (10,4%) e é mais do que o triplo daquele encontrado para os homens pretos ou pardos (7,0%).
Representatividade política
A pesquisa revelou ainda que em dezembro de 2017, o percentual de mulheres parlamentares no Congresso Nacional era de 11,3%, 16% no Senado e 10,5% na Câmara dos Deputados. E três estados brasileiros não tinham nenhuma deputada federal: Paraíba, Sergipe e Mato Grosso.
De acordo com o IBGE, em 2017 o Brasil ocupava a posição de número 152 entre os 190 países que informaram à Inter-Parliamentary Union o percentual de assentos em suas câmara de deputados ocupados por mulheres parlamentares em exercício. Na América do Sul, o Brasil mostrou o pior resultado. No mundo, as mulheres ocupavam, em média, 23,6% dos assentos nas câmaras de deputados.