O Ginásio do Ibirapuera, na capital paulista, sediou, neste domingo, 15, o encontro do movimento Comunhão e Libertação. O local, com capacidade para 10 mil pessoas, reuniu jovens, universitários da Associação Educar para a Vida, integrantes latino-americanos do movimento católico Comunhão e Libertação (CL), e o seu líder Padre Julián Carrón.
Com o tema "A realidade grita: Ele existe", músicas tradicionais do CL foram apresentadas, além de depoimentos de jovens e coordenadores sobre a sua experiência com a associação e o movimento.
Os pontos fortes do evento foram as colocações do Bispo Auxiliar de São Paulo, Dom José Benedito Simão, do vereador de São Paulo, Gabriel Chalita, e do coordenador internacional do Comunhão e Libertação, Julian Carrón.
Dom Simão agradeceu ao movimento Comunhão e Libertação por estar seguindo os passos de Jesus, em comunhão com a Igreja na missão de Evangelizar. "O movimento tem prestado um grande serviço à Igreja e tem atendido ao seu apelo, nesta necessidade de evangelizar de uma forma mais convicente. Reenvangelizar também os nossos irmãos batizados e que não foram suficientemente evangelizados. A Igreja está nesta grande empreitada de evangelizar os batizados e tambem aqueles que nunca ouviram falar no Bom Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. E o Comunhão e Libertação tem contribuído com esse movimento missionário da Igreja Católica", destacou.
O Bispo Auxiliar de São Paulo ressaltou ainda como se traduz o nome do movimento em sua missão: "O corpo é composto por órgãos e membros diferentes. Assim é a humanidade e a Igreja. Então ela deve ser comunhão. E o movimento 'Comunhão' deve ser coeso nesse sentido. E 'Libertação' porque nós fomos criados para sermos livres. Livres interior e exteriormente, pela força da fé, pela força do Ressuscitado em nossa vida. Pois sem Comunhão não atingimos a Libertação".
"Uma das coisas que eu mais admiro no movimento Comunhão e Libertação é fazer com que o jovem tenha o sonho de cursar uma faculdade". Com estas palavras o vereador Gabriel Chalita felicitou o trabalho do movimento de ajudar a milhares de jovens a pagar a faculdade, para que tenham o seu sonho realizado.
Padre Julián Carrón, em seu discurso, enfatizou como o mundo necessita de pessoas que sejam "testemunhas da intensidade de vida que Cristo introduziu na história". "Quando eu era professor, dizia a meus alunos que o cristianismo se comunica por 'inveja', porque uma pessoa vê a outra com uma intensidade, com uma alegria, com um gosto, que ela também gostaria de ter", destacou o atual líder do Comunhão e Libertação. "Por isso, eu estou aqui, porque encontrei um homem que vivia dessa forma e se chamava Luigi Giussani, que introduzia na vida uma febre, uma paixão e fazia com que as coisas do cotidiano adquirissem uma intensiada única", declarou ainda Padre Julián Carrón sobre o fundador do movimento internacional.
Comunhão e Libertação
É um movimento eclesial cujo objetivo é a madura educação cristã dos seus membros e a colaboração com a missão da Igreja, em todos os âmbitos da sociedade contemporânea.
Nasceu na Itália, em 1954, quando Dom Luigi Giussani deu início, no Colégio Estadual Liceu Berchet de Milão, a uma iniciativa de presença cristã chamada Juventude Estudantil. A sigla atual, Comunhão e Libertação (CL), apareceu pela primeira vez em 1969. Ela sintetiza a convicção de que o acontecimento cristão, vivido em comunhão, é a base da verdadeira libertação do homem.
Atualmente, o Comunhão e Libertação está presente em cerca de 70 países em todos os continentes. Não existe nenhum tipo de inscrição, mas somente a livre participação das pessoas. O instrumento fundamental de formação dos membros é a catequese semanal denominada "Escola de Comunidade", junto a alguns gestos fundamentais do caminho.
Associação Educar para a Vida
A associação, fundada em 2004 por Cleuza Ramos e Marcos Zerbini, ligada à Igreja Católica através do Movimento Comunhão e Libertação, tem como objetivo buscar parcerias com universidades particulares, criando oportunidades de descontos que chegam a até 50% para pessoas que não têm condições de arcar com valores integrais.
Conta, atualmente, com mais de 70 mil estudantes, matriculados em 17 instituições de ensino superior, sendo que mais de 5 mil já se formaram.
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