A morte da religiosa deu repercussão aos conflitos de terra na Amazônia
Da redação, com Rádio Vaticano
Nesta quinta-feira, 12, recordam-se os 10 anos do martírio da irmã Dorothy Stang, assassinada em Anapu, sudoeste do Pará.
O dia 12 de fevereiro de 2005 marcou a história dos conflitos agrários no Pará. Ir. Dorothy relatava que sofria ameaças e, segundo pessoas próximas da religiosa, sua morte estava anunciada: o clima era tenso na região e, no dia do crime, a reliogiosa tinha um encontro marcado com agricultores.
Dorothy Stang foi morta com seis tiros pelo pistoleiro Rayfran das Neves Sales. No total, a Justiça puniu seis envolvidos no caso, entre os executores e os mandantes do crime.
A repercussão internacional do caso deu visibilidade para conflitos de terra na Amazônia. Na época, a ministra do meio ambiente, Marina Silva, esteve na região e deslocou um aparato policial para as investigações. As polícias civil e federal iniciaram uma caçada para prender os suspeitos. Rayfran foi detido três dias após o crime.
Dorothy Stang veio para o Brasil em 1966. Nasceu em Ohio, nos Estados Unidos, mas decidiu ser cidadã brasileira. Foi naturalizada e passou a morar na Amazônia. Pertencia às Irmãs de Nossa Senhora de Namur.
Em Anapu, conheceu o drama do pequeno agricultor, sem terra para trabalhar. Virou uma liderança na luta pela reforma agrária e começou a incomodar madeireiros, fazendeiros e grileiros da região.