Catedral da Sé

Missa em São Paulo celebra São José de Anchieta

O “Apóstolo do Brasil” foi declarado santo pelo Papa Francisco na última quinta-feira

Arquidiocese de São Paulo

Milhares de fieis lotaram na manhã do domingo, 6, a Catedral Metropolitana de São Paulo (Catedral da Sé), na Missa Solene em Ação de Graças pela Canonização de São José Anchieta, presidida pelo Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, concelebrada por Dom Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito, pelos bispos auxiliares, e pelo Clero presente na Catedral. O Papa Francisco proclamou Santo o “Apóstolo do Brasil”, por meio da assinatura de um decreto, na última quinta-feira, 3, em Roma.

As comemorações pela Canonização no domingo começaram às 9h30, em frente ao Pátio do Colégio, onde centenas de pessoas estavam concentradas, rezando, cantando, e apreciaram o Musical “Anchieta para todas as Tribos”, da Comunidade Católica Shalom, para, depois, seguirem em procissão pelas ruas do cento de São Paulo com uma relíquia de Anchieta (pedaço do fêmur). Dom Odilo e o Padre Carlos Contieri, Diretor do Pátio do Colégio, rezaram diante da relíquia, antes da procissão.

Na Catedral da Sé também estavam autoridades militares e civis entre eles Geraldo Alckmin, Governador de São Paulo; Fernando Haddad, Prefeito; Senador Eduardo Suplicy; o Deputado Federal Gabriel Chalita; além de José Renato Nalini, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado; e Ana Maria Marques Cintra, Reitora da PUC-SP.

Numa verdadeira operação conjunta de veículos de comunicação, os fiéis puderam acompanhar, ao vivo, a Missa Solene por meio de 6 emissoras de televisão. No rádio, a Rádio 9 de Julho da Arquidiocese e mais 240 emissoras e 7 geradoras de rádio, uma parceria com a Rede Católica de Rádio (RCR), transmitiram a celebração; além do site da Arquidiocese de São Paulo, através da Web TV Paulo Apóstolo.

Dom Odilo disse que todos são encorajados a imitar o exemplo de São José de Anchieta, e a crer que a santidade não está fora do alcance, a qual, em última análise, se expressa na profunda sintonia e comunhão com Deus. “Peçamos a Deus que nos dê a graça de olhar para São José de Anchieta, e aprender dEle, as lições que ele nos ensina para os nossos dias e ter nele um companheiro, alguém que está ao nosso lado, também como um intercessor, que olha para as nossas necessidades e as apresentas a Deus”.

Mieczyslaw Smyda, Provincial da Província Centro-Leste do Brasil, da Companhia de Jesus, falou sobre a vida e obra de Anchieta, destacando os 44 anos de sua dedicação na missão evangelizadora dos Jesuítas no Brasil. “A convivência com os pobres, o diálogo evangelizador e a catequese, foram grandes marcas deste nosso ‘Apóstolo do Brasil’. Ele aprendeu a servir aos diferentes e mais necessitados não pela imposição, mas pela atração e convencimento. Como vela, que se consome para irradiar a luz, calor e vida, assim se esvaziou a vida desse nosso Santo, em nossas terras”.

Haddad externou o orgulho que todos os paulistanos sentem pela Canonização de Anchieta e elogiou a vida do novo Santo do Brasil. “Anchieta deixou um legado no plano da cultura, da ética e do respeito à diversidade, que precisa ser resgatado”.

Alckmin afirmou que Anchieta é exemplo de humildade, amor ao próximo, fé, e de trabalho missionário não apenas para os Católicos, mas a todos de boa vontade. “Que São José de Anchieta derrame suas bênçãos entre nós”.

Acompanhados por dois Jesuítas, quatro membros de duas comunidades na Arquidiocese de São Paulo (uma na Região Episcopal Belém e outra na região Episcopal Ipiranga), as quais têm São José de Anchieta como padroeiro, colocaram arranjos de flores junto à relíquia, que estava próximo ao presbitério da Catedral. O arcebispo participou do ato acendendo o Círio Pascal, que lembra o Cristo ressuscitado. Durante a colocação das flores, Agnaldo Rayol cantou a Ave Maria de Gounod.

São José de Anchieta nasceu em 1534, na Ilha de Tenerife, Arquipélago das Canárias, Espanha. Beatriz Martínez González e Carlos Rojas, do Centro Canários Brasil Núcleo São Paulo, onde imigrantes canários e seu descendentes são acolhidos na cidade de São Paulo, há 25 anos, disseram na Catedral da Sé, ao site da Arquidiocese de São Paulo, que estão felizes pela Canonização de Anchieta. “É uma benção para todos nós, pois ele é muito importante para o povo das Canárias e para o povo brasileiro”.

No dia 24 de abril, às 18h (horário de Roma), o Papa Francisco presidirá Missa em Ação de Graças pela Canonização de Anchieta, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma.

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