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Ministério da Saúde investe em documentário polêmico sobre aborto

O Ministério da Saúde, através da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, está patrocinando um documentário com depoimentos favoráveis à legalização do aborto.

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O projeto tem um objetivo muito específico: favorecer a descriminalização do aborto. O documentário custou aos cofres públicos 80 mil reais da pasta do Ministério da Saúde, depois de vencer 35 concorrentes no primeiro edital de vídeos da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocrus no Rio de Janeiro.

O diretor do selo de vídeos da entidade defende o projeto pautado nos riscos dos abortos inseguros para as mulheres: "A questão da mortalidade materna ligada ao aborto é uma questão grave de saúde pública no nosso país. E nenhum tema ligado à saúde pública pode ficar fora do nosso objeto de pesquisa", afirma o diretor.

Já o advogado Paulo Leão, ligado aos movimentos pró-vida, diz que a saúde não pode ser pensada sobre um único ponto de vista. "O argumento dos defensores do aborto deixa de considerar a saúde e a vida da criança dentro do ventre materno". E declara: "Nós pensamos que o aborto é matar o ser humano na sua fase inicial de vida, é provocar a morte, é matar intencionalmente".

Para o Deputado Federal Otávio Leite, da Frente Parlamentar em Defesa da Vida no Congresso, a política de saúde do Governo está errada. "É de verificar que o Estado Brasileiro está adotando um caminho completamente contraditório à saúde pública, porque saúde pública é valorizar a vida", afirma o deputado.

Dom Wilson Tadeu, vigário geral da  Arquidiocese do Rio de Janeiro, disse que os defensores da vida precisam reagir:  "A vida está em jogo e aqui nós devemos nos manifestar. Quando a vida é tratada dessa forma como o aborto o faz, a gente se revolta e apela para a sensibilidade do poder do Governo para que reveja essa situação".

Somente nos extras do DVD é que estarão algumas opiniões contrárias à legalização do aborto, manifestadas em audiências no Congresso Nacional. No Brasil, o aborto é considerado crime, com pena de um a quatro anos de prisão, menos em casos de estupro e de risco de vida para a mãe.

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