Nova beata

Madre Assunta Marchetti é beatificada em São Paulo

Religiosa italiana viveu no Brasil desde os 24 anos de idade e se dedicou, de forma especial, aos mais necessitados

Jéssica Marçal
Da Redação

A Igreja católica ganhou mais uma beata neste sábado, 25: madre Assunta Marchetti, cofundadora da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, as Scalabrinianas. A cerimônia aconteceu na Catedral da Sé, em São Paulo, cidade onde a religiosa viveu e desenvolveu todo o seu trabalho.

Beata Assunta Marchetti, missionária italiana que se dedicou aos mais necessitados no Brasil / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Beata Assunta Marchetti, missionária italiana que se dedicou aos mais necessitados no Brasil / Foto: Reprodução TV Canção Nova


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O rito de beatificação foi presidido pelo Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato. A postuladora da causa, irmã Leocádia Mezzomo, leu a biografia de madre Assunta, destacando seu serviço aos mais necessitados.

Irmã Leocádia e Cardeal Amato na cerimônia de beatificação / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Irmã Leocádia e Cardeal Amato na cerimônia de beatificação / Foto: Reprodução TV Canção Nova

O Cardeal Amato deu sequência com a leitura da carta apostólica com a qual o Papa Francisco inscreveu a madre no livro dos beatos. Ficou estabelecido que a memória da beata será celebrada todos os anos em 1º de julho, dia de sua morte.

Após a beatificação, a relíquia de madre Assunta foi levada ao altar. Um grupo de crianças prestaram uma homenagem à beata colocando flores próximo à relíquia exposta na Igreja.

A cerimônia continuou com a celebração da Santa Missa, presidida pelo arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer. Na homilia, Dom Odilo recordou a missionariedade de Madre Assunta, seu exemplo de caridade para com os migrantes e sua vivência extraordinária da fé.

“Pessoas santas orientaram sua vida pela Palavra de Deus e pelo exemplo de Cristo. E Jesus mesmo falou: bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a colocam em prática a cada dia”, disse.

O cardeal destacou ainda a força e o empreendedorismo da beata. Motivada por sua fé em Deus, pelo amor ao próximo e ouvindo o chamado missionário, ela abandonou tudo para seguir a vocação religiosa e missionária, sobretudo no serviço aos mais necessitados. “Para eles, ela foi mãe solícita (…) Sua vida foi orientada pela caridade de Cristo que ardia em seu coração”.

Cardeal Odilo Scherer durante a homilia na missa de beatificação / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Cardeal Odilo Scherer durante a homilia na missa de beatificação / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Todas as ações da vida precisam ser motivadas por esse amor de caridade, disse Dom Odilo. Ele lembrou que as Bem-aventuranças expressam a lógica de Deus e tantas pessoas fizeram dessa lógica o seu jeito de viver e, assim, foram santas. “Não dá para ser bom cristão sem viver o espírito das bem aventuranças”, disse, acrescentando que madre Assunta dedicou toda a sua vida ao bem ao próximo, testemunhando as bem-aventuranças.

Dom Odilo recordou que outubro é o mês das missões e mencionou tantos missionários, a exemplo de madre Assunta, que testemunharam a fé ao longo da história da cidade de São Paulo. Agora, eles são intercessores do homem diante de Deus.

E recordando que 2015 será o ano dedicado à vida consagrada, o cardeal encerrou a homilia pedindo a intercessão da beata por todos os consagrados, para que vivam seu carisma com alegria e generosidade.

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