O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira, 29, o decreto que estabelece a reforma ortográfica da Língua Portuguesa. As mudanças na escrita começam a valer a partir de 1º de janeiro de 2009.
Entre as mudanças previstas no acordo estão o fim do trema e novas regras para o hífen e a acentuação.
O acordo visa unificar o português falado e escrito em oito países de língua portuguesa: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiná-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.
As normas ortográficas do Brasil e de Portugal poderão ser usadas até dezembro de 2012 nos exames escolares, concursos públicos e em vestibulares, valendo as duas formas de escrita, a atual e a nova. Nos livros escolares, a incorporação das mudanças será obrigatória a partir de 2010.
O decreto foi assinado na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, na sessão solene dos 100 anos da morte do escritor Machado de Assis.
Algumas mudanças
– O trema deixa de existir. A grafia passa a ser: sanguíneo e consequência.
– Os acentos diferenciais serão eliminados: como o de "pára", do verbo parar.
– Acentos agudos de ditongos somem. Palavras como "idéia", devem ser grafadas sem acento: "ideia".
– O acento circunflexo some em palavras como "vôo" ou "crêem".
– Palavras começadas por "r" ou "s" não levarão mais hífen, como em anti-semita (ficará "antissemita") ou em contra-regra (ficará contrarregra).
– As letras "k", "w" e "y" passam a fazer parte do alfabeto. O número de letras passa de 23 para 26.