O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita, Dilma Rousseff, pretendem focar a questão cambial na reunião do G20 (encontro das 20 maiores potencias economicas) que acontece na próxima semana (Coreia do Sul). A ideia, segundo Dilma, é propor medidas multilaterais.
"Todos os países que não são a China e os Estados Unidos percebem que há uma guerra cambial. E eu quero dizer para vocês que em uma situação dessas não tem solução individual", disse Dilma, em entrevista coletiva concedida no Palácio do Planalto.
Dilma afirmou que os países podem adotar medidas de proteção, mas alertou que "quando começa uma política de desvalorização competitiva, a última vez que houve deu no que deu. E o que foi que deu? A Segunda Guerra Mundial".
A presidente eleita deixará Brasília nesta quarta-feira, 3, para um breve descanso em local não informado. No início da semana que vem, porém, Dilma retoma as atividades e acompanhará Lula no encontro do G20. "Vou para o G20 para brigar. Se eles já tinham problema para enfrentar o Lula, agora vão enfrentar o Lula e a Dilma", enfatizou o presidente Lula.
O presidente reforçou que tanto ele quanto Dilma defendem a manutenção da política de câmbio flutuante no Brasil. "Vamos tomar todas as medidas necessárias para que nossa moeda não seja sobrevalorizada", ressaltou.